São Jorge insiste em constrangimentos na SATA, Governo dos Açores promete melhorar resposta
10 de out. de 2017, 05:57
— Lusa/AO Online
“O Governo está empenhado, em articulação com a SATA,
em garantir a melhor resposta possível para essas situações, tendo em
conta os recursos que estão disponíveis, mas estamos atentos em relação a
esta matéria e atuantes em relação a ela, no sentido de garantir a
melhor resposta”, declarou Vasco Cordeiro.O governante falava aos
jornalistas após a reunião com o Conselho de Ilha de São Jorge, nas
Velas, onde hoje executivo regional iniciou a visita estatutária.Questionado
sobre a situação denunciada pelo presidente da Câmara das Velas, Luís
Silveira, de que um residente em São Jorge que teve de se deslocar ao
hospital da Terceira teve de esperar dez dias por um voo de regresso,
Vasco Cordeiro admitiu que esta “nem sequer é uma situação que seja
aceitável do ponto de vista do funcionamento até do próprio Serviço
Regional de Saúde”.“Há um trabalho que está a ser feito de
análise e que deve continuar para se reforçar nessas situações e em
situações que não tenham essas particularidades a melhor resposta
possível, tendo em conta também a disponibilidade de recursos que
temos”, reiterou Vasco Cordeiro.No memorando enviado ao Governo
Regional no âmbito desta visita, o Conselho de Ilha alertou que são
“absolutamente insuficientes” a frequência de voos e os lugares na
transportadora aérea SATA na época alta, situação que se agravou no
último verão.O presidente deste organismo consultivo referiu não
ter saído do encontro totalmente satisfeito, embora reconheça o avanço
de várias obras reclamadas.“Há uma ideia por parte dos senhores
membros do Governo [Regional] que dão resposta suficiente através das
estatísticas, mas as estatísticas não explicam tudo”, considerou Dário
Nascimento, numa alusão aos dados divulgados pela secretária regional
dos Transportes e Obras Públicas, Ana Cunha, relativos à taxa de
ocupação média das ligações aéreas para São Jorge.Ana Cunha disse
que “a oferta foi sempre superior à procura”, mas prometeu ter atenção
aos números no próximo verão, assegurando que vai haver “incremento, não
por voos extraordinários”. Dário Nascimento frisou que o
crescimento do turismo na ilha é “exponencial de ano para ano”,
advertindo que São Jorge vai continuar a ter problemas não apenas para a
entrada de turistas, como para a saída de residentes, para turismo ou
questões de saúde.Outra matéria que os conselheiros queriam ver
esclarecida prendia-se com a saúde, nomeadamente as deslocações de
médicos especialistas que consideram escassas.O secretário
regional da Saúde, Rui Luís, assumiu a vontade de “fazer uma melhor
organização da deslocação de especialistas para garantir maior
acessibilidade aos utentes”.Reconhecendo existir especialidades
médicas que não tem sido possível fazer chegar à ilha, nem através de
convenções, nem do Serviço Regional de Saúde, Rui Luís referiu que em
2014 foram cerca de 1.200 as consultas de especialidade, número que
passou o ano passado para 2.749.