Santos Silva salienta participação intensa do Portugal democrático nas Nações Unidas
24 de out. de 2022, 08:38
— Lusa/AO Online
Estas posições
foram transmitidas pelo ex-ministro de Estado e dos Negócios
Estrangeiros Augusto Santos Silva, através de uma mensagem vídeo, quando
hoje se assinala o Dia das Nações Unidas.De
acordo com o presidente da Assembleia da República, quando se fala nas
questões de paz e de segurança no mundo, quando se fala nas questões de
desenvolvimento ou nos Direitos Humanos fala-se necessariamente nas
Nações Unidas.Augusto Santos Silva referiu depois que a adesão de Portugal às Nações Unidas é formalmente antiga, “vem desde 1955”.“Mas,
de alma e coração, Portugal está nas Nações Unidas desde que se
democratizou nos anos 70. Basta pensar que a primeira publicação oficial
da Declaração Universal dos Direitos Humanos ocorreu apenas em 1978,
ano em que Portugal aderiu formalmente aos dois pactos internacionais de
direitos civis e políticos, económicos, sociais e culturais”, observou.Para
Augusto Santos Silva, “num certo sentido, pode dizer-se que a adesão
plena de Portugal aos ideais e prática das Nações Unidas é relativamente
recente”.“Recente mas intensa. Portugal
já participou por várias vezes no Conselho de Segurança das Nações
Unidas, onde desempenhou as suas responsabilidades sempre com acerto e
eficácia. E basta pensar que o atual secretário-geral, António Guterres,
é um português para se compreender bem o nível de implicação do país
nesta organização”, assinalou o presidente da Assembleia da República.Na
perspetiva do ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, a
razão que justifica este empenhamento de Portugal “é simples”.“Muitos
dos problemas que hoje temos no mundo - as alterações climáticas, a
luta contra o terrorismo, ou as questões ligadas ao desenvolvimento
sustentável - são problemas globais e comuns. São problemas que devemos
enfrentar em conjunto. E o multilateralismo é isto, é nós concertarmos a
nossa ação, cooperarmos uns com os outros para enfrentar em conjunto
problemas e desafios que são comuns”, sustentou.Após
esta referência ao multilateralismo político, Augusto Santos Silva
acrescentou que “o espaço por excelência para praticar essa concertação é
o das Nações Unidas”.