Santa Casa da Misericórdia do Porto cria Centro de Acolhimento Temporário
O secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social anunciou hoje a criação, em parceria com a Santa Casa da Misericórdia do Porto, de um Centro de Acolhimento Temporário de Emergência que poderá albergar até 60 pessoas.

Autor: LUSA/AOnline

O projeto, apresentado pela Santa Casa do Porto, “visa terminar com um dos graves problemas que a Segurança Social hoje tem quando precisa de acolher de emergência, sob o ponto de vista habitacional, alguém”, explicou Marco António Costa no final de uma reunião com o provedor António Tavares.

“Por norma a Segurança Social encaminha as pessoas para hospedarias. [mas] As hospedarias não são o espaço físico adequado para acolher alguém que precisa de apoio social”, assinalou o governante.

Atualmente a Segurança Social tem “em hospedarias 127 pessoas”, desejando com este centro de acolhimento/hospedagem temporário de emergência para famílias e cidadãos responder “a 50% dos casos”.

“Este projeto-piloto, sendo bem-sucedido como aguardamos que venha a ser, será alargado a todo o país para que termine esta chaga de colocação de pessoas em hospedarias, quando o que precisam é efetivamente de acolhimento, conforto, acompanhamento social e muitas das vezes carinho”, frisou Marco António Costa.

Com 40 quartos para 60 pessoas, o Centro de Acolhimento Temporário irá funcionar nas antigas instalações do Instituto Araújo Porto, junto ao liceu Rodrigues de Freitas no Porto, que “está neste momento em obras para ser adaptado a esta nova fase”, referiu o provedor da Santa Casa, segundo o qual a readaptação do espaço irá implicar um investimento na ordem dos 100 mil euros” por parte da instituição.

Para António Tavares, este projeto irá “dar uma resposta inovadora” e “permitir que pessoas que são hoje colocadas em pensões ou hospedarias pela Segurança Social possam ser colocadas num espaço onde vão ter um projeto de vida” e ser apoiadas por técnicos da Santa Casa.

O centro, a abrir portas em fevereiro de 2013, terá ainda um patrono, tendo sido já escolhido o bispo emérito de Setúbal, Manuel Martins, para o efeito.

“Com isto também fica claro que da parte da Santa Casa da Misericórdia do Porto há uma forte vontade de interagir com o Estado neste momento, não só na procura de novas respostas mas que essas respostas também não levem a um aumento da despesa pública”, frisou o provedor.