Sanjoaninas 2020 inspiram-se nos desafios das alterações climáticas
16 de jan. de 2020, 13:27
— Susete Rodrigues/AO Online
De acordo com nota de
imprensa, nesta edição, Angra do Heroísmo irá ao encontro do
desafio lançado pelas Nações Unidas, dedicando as festas
concelhias à problemática das alterações climáticas.
A Câmara Municipal de
Angra do Heroísmo acredita que as Sanjoaninas são uma oportunidade
para sensibilizar os participantes sobre as questões climáticas e
contribuir, positivamente, para a adoção de atitudes e hábitos
sustentáveis.
Assim, este ano, as
festividades levarão os angrenses e visitantes a um futuro de sonho,
onde o Planeta Terra apresentará uma relação harmoniosa entre a
atividade humana e os ecossistemas terrestre e aquático, em
contraponto com a destruição ambiental a que hoje se assiste,
adianta a nota.
É sobre esta aspiração
que o grafismo do cartaz pretende aludir. “Envolto em nuvens, o
design criado reflete um cenário de sonho onde a cidade coexiste
harmoniosamente com a vida voadora, terrestre e marítima. Sobre um
pano de fundo azul e verde, o sol dá brilho à fauna e flora locais.
Os pardais, os tentilhões e as vinagreiras povoam o céu sobre
montes e vales verdejantes. Junto à costa, o casario colorido
assume-se como a imagem de marca das Sanjoaninas e um retrato
inequívoco da Capital no Coração do Atlântico. Já no fundo do
mar, as tintureiras, os meros, as tartarugas, os cachalotes e os
corais representam a vivacidade que abunda nas nossas águas”.
No cortejo de abertura o
tema será, igualmente, tratado, com uma analogia à mitologia grega,
lembrando a lenda de Ícaro que, preso na ilha de Creta, “viu o seu
pai construir-lhe umas asas de penas coladas com cera, mas sob o
aviso de não voar demasiado perto do sol para que a cola não
derrete-se”.
O cortejo de abertura
representará uma viagem pelo nosso planeta, em que estarão
identificadas a vida no mar, na terra e no ar. “Em cada um dos
ecossistemas, será explorada, num primeiro momento, a vertente do
belo e da natureza intocada e, num segundo instante, os efeitos
nefastos da passagem do Homem. A mensagem que se pretende transmitir
é a de que não há um 'Planeta B' e que devemos cuidar desta nossa
'casa global'”.
Esta ideia será
transmitida pelos carros alegóricos e uma série de intérpretes das
artes performativas, música, circo, dança, entre outros, e que, a
par com o Séquito Real, darão vida ao desfile de abertura.