Saka lamenta insultos e critica inação das empresas proprietárias de redes sociais
Euro2020
15 de jul. de 2021, 17:47
— Lusa/AO Online
“Às
plataformas Instagram, Twitter e Facebook digo que não quero que
nenhuma criança ou adulto esteja sujeito a receber as mensagens de ódio
que eu, o Marcus [Rashford] e o Jadon [Sancho] recebemos esta semana”,
reagiu o jogador, através de uma publicação no Twitter.No
domingo, Saka falhou o pontapé decisivo no desempate por grandes
penalidades, que ditou a vitória da Itália sobre a Inglaterra, na final
do Euro2020, em Londres, depois de Rashford e Sancho também terem
falhado os respetivos remates.“Soube
imediatamente o tipo de comentários de ódio que iria receber, tendo em
conta o triste facto de que as vossas poderosas plataformas não estão a
fazer o suficiente para terminar com estas mensagens”, escreveu Saka,
dirigindo-se às empresas proprietárias de redes sociais.De resto, Saka referiu que o futebol deve ser feito de “paixão e pessoas de todas as raças, géneros e religiões”.Jadon
Sancho também reagiu, na quarta-feira, aos insultos racistas,
considerando que “não são uma novidade” e que toda a sociedade precisa
de “fazer melhor e responsabilizar” quem profere esse tipo de
comentários.Por
outro lado, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou a
intenção de banir dos estádios os adeptos que proferiram insultos
racistas contra os três futebolistas ingleses que falharam grandes
penalidades na final do Euro2020.O
líder do governo britânico recebeu na terça-feira representantes das
empresas proprietárias de redes sociais, como o Instagram, o Facebook, o
Twitter e o Snapchat, que nos últimos meses têm sido utilizados em
Inglaterra para divulgação de mensagens racistas visando os jogadores
após a derrota ou desempenhos dececionantes nos respetivos clubes.No
domingo, após a derrota da Inglaterra frente à Itália, por 3-2 no
desempate por grandes penalidades, na final do Euro2020, os futebolistas
Marcus Rashford, Jadon Sancho e Bukayo Saka, os três que falharam
penáltis, foram alvo de comentários racistas nas redes sociais.Logo
no dia seguinte, o príncipe William, neto da rainha Isabel II, da
Grã-Bretanha, Boris Johnson e a federação inglesa (FA) condenaram os
comentários, que classificaram como “totalmente inaceitáveis”.