O número é atingido após a compilação dos boletins trimestrais entre abril de 2015, data do início da operação da companhia aérea low-cost irlandesa, e dezembro de 2024 (a ANAC não tem dados sobre o 1.º trimestre de 2024).Da análise feita pelo Açoriano Oriental, a Ryanair teve uma média de 19,2% de quota de mercado de passageiros, atrás da Azores Airlines (34,4%) e da SATA Air Açores (29,3%), e à frente da TAP (12,1%).Analisando ao pormenor, a companhia irlandesa tem apresentado valores mais significativos no 1.º e 4.º trimestre, ou seja, na época baixa, havendo períodos onde chegou a ser a segunda companhia com mais quota de mercado.Desde o início da operação até ao começo da pandemia (2.º trimestre de 2020), a Ryanair apresentou um comportamento constante - forte de outubro a março, mais fraco na época alta - com uma média de quota de mercado nos 22,2%, que parecia estar manter, mesmo com números médios um pouco mais baixos (16,9%), após a pandemia.O fecho da base em Ponta Delgada (outubro de 2023) e, consequentemente, a redução drástica da sua operação, principalmente na época baixa, viu a Ryanair ser ultrapassada pela TAP, ficando apenas com 9,75% da quota de mercado.Ryanair também ameaça reduzir operação em EspanhaUm mês antes do anúncio do fecho da operação nos Açores, a companhia aérea low-cost irlandesa também já tinha feito o mesmo, pelos mesmos motivos, mas na vizinha Espanha. No início de outubro, a Ryanair ameaçou cortar 1,2 milhões de lugares no Verão de 2026 para o aeroporto das Astúrias, devido a “elevadas taxas aeroportuárias” praticadas pela AENA, a empresa gestora dos aeroportos em Espanha. Um anúncio que se seguiu após ter reduzido um milhão de lugares no inverno IATA 2025.