Ryanair alerta para mudanças nos horários entre 21 e 25 de agosto devido a greve
19 de ago. de 2019, 17:31
— Lusa/AO Online
"Lamentamos
que, devido a uma greve desnecessária por parte de um pequeno número da
nossa tripulação portuguesa e do seu sindicato SNPVAC, alguns voos das
nossas bases portuguesas poderão sofrer alteração nos horários de
quarta-feira, 21 de agosto, até domingo, 25 de agosto", pode ler-se num
comunicado oficial da Ryanair publicado no 'site' da companhia.A
empresa de aviação irlandesa afirma continuar aberta "a conversar com o
SNPVAC", pedindo que se "retomem as negociações" de forma a garantir
"os planos de viagem de milhares de turistas e das suas famílias".A
Ryanair informou ainda que "todos os clientes afetados já foram
notificados hoje por email/SMS e informados das suas opções",
assegurando que quem não foi informado não sofrerá perturbações nos
voos.Em 01 de agosto, o SNPVAC entregou um
pré-aviso de greve dos tripulantes de cabine da Ryanair entre 21 e 25
de agosto, exigindo o cumprimento da legislação laboral portuguesa.O
pré-aviso de greve abrange todos os voos da Ryanair cujas horas de
apresentação ocorram entre as 00h00 e as 23h59 dos dias previstos
para a paralisação (tendo por referência as horas locais) e os serviços
de assistência ou qualquer outra tarefa no solo.Na
base deste pré-aviso de greve está, segundo refere o SNPVAC em
comunicado, o facto de a Ryanair continuar a “incumprir com as regras
impostas pela legislação portuguesa, nomeadamente no que respeita ao
pagamento dos subsídios de férias e de Natal, ao número de dias de
férias e à integração no quadro de pessoal dos tripulantes de cabine
contratados através das agências Crewlink e Workforce”.Em
06 de agosto, a Ryanair comunicou, em Faro, que vai encerrar a base
naquele aeroporto em janeiro de 2020, e despedir cerca de 100
trabalhadores, embora mantenha os voos, revelou à Lusa a presidente do
sindicato dos tripulantes.Em 09 de agosto,
o SNPVAC denunciou que a Ryanair enviou aos tripulantes um questionário
'online' com o objetivo de saber se vão participar na greve entre 21 e
25 de agosto. Em informação enviada à
Lusa, a estrutura sindical mostrou imagens do inquérito, que pede aos
tripulantes que assinalem os dias em que planeiam aderir à paralisação e
refere que, caso não haja resposta, presumem que farão greve. No
mesmo inquérito, a companhia aérea dá ainda a possibilidade aos
trabalhadores que não estavam escalados nos dias da greve de se
apresentarem “para minimizar as perturbações aos clientes”.O SNPVAC considera esta atitude “ilegal”.