Rússia tem cada vez menos mísseis e entra “num beco sem saída”
Ucrânia
30 de dez. de 2022, 09:43
— Lusa/AO Online
"Com
cada um destes ataques com mísseis, a Rússia está a afundar-se cada vez
mais num beco sem saída. Eles têm cada vez menos mísseis. Em vez disso,
terá o estatuto de maior terrorista do mundo durante muito tempo. E cada
míssil apenas confirma que tudo isto deve acabar com um tribunal",
salientou Zelensky durante o seu habitual discurso noturno diário
dirigido à nação.A Rússia lançou esta
quinta-feira um novo ataque em massa contra a infraestrutura de energia
da Ucrânia, que causou pelo menos três feridos em Kiev e 90% da cidade
de Lviv sem energia.Segundo o chefe de
Estado ucraniano, as Forças Armadas ucranianas derrubaram 54 mísseis e
11 ‘drones’ de ataque, embora algumas bombas tenham sido bem-sucedidas e
atingido os seus alvos.Por causa disso,
esta noite há cortes de energia na maioria das regiões da Ucrânia e,
segundo o líder ucraniano, a situação é "especialmente difícil" na
região de Kiev, na capital e em Lviv, Odessa, Kherson, Vinnytsia e
Zakarpattia.“Os nossos engenheiros de
energia e equipas de reparações estão a fazer todos os possíveis durante
o dia para que os ucranianos sintam o menos possível as consequências
do ataque terrorista", salientou.Sobre a
situação na frente de combate, Zelensky realçou que não existem
"mudanças significativas" e que os russos não abandonam "a ideia maluca"
de capturar a região de Donetsk.Zelensky
alertou ainda que, a dois dias do final do ano, "talvez o inimigo tente
mais uma vez” fazer a Ucrânia celebrar o Ano Novo “às escuras".A
ofensiva militar russa na Ucrânia foi lançada em 24 de fevereiro pela
“necessidade de ‘desnazificar’ e desmilitarizar a Ucrânia para segurança
da Rússia”, como justificou o Presidente russo, Vladimir Putin.A
guerra, que já dura há mais de 10 meses, foi condenada pela
generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio
de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e
económicas.De acordo com a ONU, a invasão e
consequente guerra já causaram a fuga de mais de 14 milhões de pessoas,
dos quais mais de metade para outros países europeus, sendo que há
quase 18 milhões de ucranianos a precisar de ajuda humanitária e 9,3
milhões necessitam de apoio para comer e ter alojamento.