Rússia reivindica novos ataques contra alvos militares e energéticos
Ucrânia
11 de out. de 2022, 12:27
— Lusa/AO Online
“Hoje, as forças armadas
russas continuaram a realizar ataques maciços com armas de longo alcance
e de alta precisão a partir de bases terrestres e marítimas contra
locais militares e instalações elétricas na Ucrânia”, disse o porta-voz
do ministério, Igor Konashenkov.Sem precisar o número de ataques nem os locais visados, o porta-voz militar disse que os objetivos foram alcançados.“Todos os locais designados foram atingidos”, disse Konashenkov, citado pela agência francesa AFP.O porta-voz disse também que o exército russo repeliu os ataques ucranianos em várias frentes no sul e leste do país.As
autoridades da região de Lviv, na zona ocidental da Ucrânia, disseram
que as forças russas bombardearam hoje uma infraestrutura de energia,
num ataque que deixou 30 por cento da cidade sem eletricidade.Lviv
foi uma das áreas sujeitas a bombardeamentos maciços na segunda-feira,
que atingiram várias partes da Ucrânia, incluindo a capital, Kiev.As
autoridades ucranianas disseram que bombardeiros russos Tu-95 e Tu-160
que operam sobre o Mar Cáspio lançaram mísseis cerca das 07:00 locais de
hoje (05:00 em Lisboa), mas sem dar informações sobre os alvos.O
comando militar da região de Zaporijia informou que as tropas russas
dispararam 12 mísseis contra instalações civis na cidade na noite
passada, num ataque que provocou um morto.Os serviços de emergência ucranianos ativaram hoje um alerta de ataque aéreo a nível nacional.“Atenção,
ao longo do dia, há uma elevada probabilidade de ataques de mísseis em
todo o território ucraniano”, anunciaram os serviços, segundo a agência
espanhola EFE.Os bombardeamentos de
segunda-feira, que afetaram mais de 300 povoações, provocaram 19 mortos e
mais de uma centena de feridos, disseram as autoridades ucranianas.O
Presidente russo, Vladimir Putin, disse que ordenou os bombardeamento
na sequência da destruição parcial da ponte da Crimeia, no sábado, que
atribuiu a um "ataque terrorista" dos serviços secretos ucranianos.Os
ataques russos foram condenados pelos aliados da Ucrânia, incluindo
Portugal, e serão discutidos pelo G7 numa reunião urgente convocada para
hoje.O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai participar na reunião por videoconferência.O
grupo das sete economias mais desenvolvidas é constituído por Alemanha,
Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. A União Europeia também está representada no G7.