Rússia promete responder a novo ataque ucraniano com armas ocidentais
Ucrânia
11 de dez. de 2024, 15:50
— Lusa/AO Online
“Foi
estabelecido com certeza que foram utilizados seis mísseis balísticos
ATACMS de fabrico norte-americano”, afirmou o Ministério da Defesa russo
num comunicado citado pela agência francesa AFP.O ministério disse que dois dos mísseis foram abatidos e os restantes “desviados por equipamento de guerra eletrónica”.A
Ucrânia anunciou ter atacado um terminal petrolífero na região
fronteiriça russa de Bryansk, mas não informou sobre o ataque ao
aeródromo em Taganrog.O Presidente da
Rússia, Vladimir Putin, descreveu os ataques ucranianos em solo russo
com armas ocidentais como uma “linha vermelha”.A 21 de novembro, a Rússia disparou pela primeira vez os novos mísseis
hipersónicos Oreshnik contra uma fábrica em Dnipro, no sudeste da
Ucrânia, em resposta à utilização de armas ocidentais contra o seu
território.Na altura, Putin avisou o
Ocidente que poderia usar os novos mísseis contra os aliados da Ucrânia
na NATO que autorizassem Kiev a usar os seus mísseis de longo alcance
para atacar território da Rússia.Putin
disse que um número adequado dos novos mísseis balísticos
de médio alcance Oreshnik minimizava a necessidade de as forças armadas
utilizarem armas nucleares.Moscovo enalteceu a capacidade de destruição deste novo míssil, para o qual, segundo afirma, o Ocidente não tem resposta.Em
resposta aos bombardeamentos contra as suas infraestruturas e cidades, a
Ucrânia intensificou os ataques às instalações energéticas russas para
perturbar a logística do exército de Moscovo, que ainda ocupa quase 20%
do território ucraniano.A guerra russa
contra a Ucrânia começou em fevereiro de 2022, com uma invasão destinada
a “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho, como justificou Putin
na altura.