Rússia nega contactos entre Trump e Putin em 2021 relatados em livro
9 de out. de 2024, 11:46
— Lusa/AO Online
"Não. Não é esse o caso", disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, ao portal de notícias RBK, de Moscovo.O
último livro do jornalista norte-americano Bob Woodward - que vai ser
publicado no próximo dia 15 de outubro - alega depois de deixar o cargo
de Presidente dos Estados Unidos em 2021 dos Estados Unidos - falou
sete vezes com Vladimir Putin.De acordo
com os órgãos de comunicação social norte-americanos que tiveram acesso
ao conteúdo do livro indicam que, segundo Woodward, Trump enviou
secretamente testes de Covid-19 a Vladimir Putin quando estava na Casa
Branca, no auge da pandemia do coronavírus, quando os Estados Unidos
enfrentavam uma escassez de testes de SARS CoV-2.Jornalista
do Washington Post, Bob Woodward, 81 anos, juntamente com Carl
Bernstein, revelou o escândalo Watergate que levou à demissão do
Presidente Richard Nixon em 1974.No novo
livro, "War" ("Guerra") escreve também que Donald Trump manteve uma
relação pessoal com Vladimir Putin, apesar da invasão russa da Ucrânia e
da ambição sobre o regresso ao cargo de chefe de Estado. A
Rússia também criticou hoje os comentários da vice-presidente dos
Estados Unidos e candidata democrata à Presidência, Kamala Harris, sobre
Vladimir Putin, considerando-os produto de frustração.Kamala
Harris disse na segunda-feira que não se encontraria com Vladimir Putin
para discutir o conflito na Ucrânia sem que Kiev estivesse representada
distanciando-se das posições do adversário republicano."Se Donald Trump fosse Presidente, Putin estaria sentado em Kiev neste momento, sejamos claros", disse Kamala Harris. "Ele está a dizer: 'Eu posso acabar com isto (guerra) no primeiro dia'. Sabem o que é isso? É uma capitulação", acusou.Em comunicado, a embaixada russa nos Estados Unidos considerou os comentários de Kamala Harris "inaceitáveis insultuosos"."Isto
só mostra a frustração e a impotência dos círculos dirigentes de
Washington", afirmou a embaixada russa, criticando a "retórica
ofensiva e a raiva" dos Estados Unidos.