Rússia esgota reservas soviéticas no campo da tecnologia espacial

21 de nov. de 2007, 12:47 — Lusa / AO online

"As reservas científicas e tecnológicas criadas nos anos de 1980 já se esgotaram. A indústria russa perdeu, na realidade, a capacidade de fabricar uma parte significativa dos aparelhos e peças. Os fabricantes de complexos espaciais vêem-se, agora, obrigados a comprar no estrangeiro os aparelhos de que necessitam", disse. Ivanov falava durante uma reunião da comissão militar-industrial junto do governo russo, na cidade de Samara. O responsável russo reconheceu também que, actualmente, o país "sente grande falta de naves espaciais, aparelhos de espionagem óptico-electrónica, geodésicos e de meteorologia". "Os aparelhos que hoje se encontram em órbita não podem cobrir completamente as nossas necessidades no que respeita à obtenção de informação espacial", sublinhou. Em algumas áreas "a cobertura é de 20 a 25 por cento", acrescentou. De acordo com Ivanov, o prazo médio de exploração dos satélites russos de comunicação e televisão é de seis anos e meio, enquanto que os satélites estrangeiros "vivem na órbita" entre 12 a 18 anos. "Gostaria de sublinhar especialmente que a Rússia não se deve transformar num país que presta apenas serviços de lançamento de foguetões, numa espécie de agente de transportes espacial", acrescentou o ministro russo. "Isso pode-se tornar realidade se não forem tomadas as medidas necessárias para o desenvolvimento de todos os componentes da actividade espacial", concluiu.