Autor: Lusa/AO Online
“Durante os combates, cinco pessoas pertencentes a um grupo de sabotadores e de inteligência que violaram a fronteira da Rússia foram eliminadas”, disse o exército russo, citado pela agência francesa AFP.
O exército russo disse que também destruiu “dois veículos de combate” ucranianos que atravessaram a fronteira para tentar “retirar o grupo de sabotadores para o território ucraniano”.
Segundo as forças armadas russas, o incidente ocorreu pelas 06:00 em Moscovo (03:00 em Lisboa), na região de Rostov, perto da fronteira.
Os alegados sabotadores, cuja nacionalidade não foi referida, foram detetados por guardas fronteiriços do Serviço de Segurança da Federação Russa (FSB, que sucedeu ao KGB).
“Não houve feridos entre as forças armadas russas e as forças de segurança fronteiriças do FSB”, disse o gabinete de imprensa do comando distrital.
A Rússia já tinha anunciado que o fogo de artilharia ucraniana tinha destruído um pequeno edifício pertencente aos guardas fronteiriços na região de Rostov, o que a Ucrânia negou.
A Ucrânia e os seus aliados ocidentais têm alertado para a possibilidade de a Rússia usar um incidente, real ou encenado, como pretexto para atacar a Ucrânia.
Os combates entre o exército ucraniano e separatistas pró-russos apoiados por Moscovo intensificaram-se nos últimos três dias no Donbass, na região oriental da Ucrânia, que faz fronteira com a Rússia.
A guerra do Donbass, iniciada em 2014, já provocou mais de 14.000 mortos e 1,5 milhões de deslocados, segundo a ONU.
O Ocidente acusa a Rússia de ter concentrado tropas nas fronteiras da Ucrânia para invadir novamente o país vizinho, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.
A
Rússia nega qualquer intenção bélica, mas exige garantias de que a
Ucrânia nunca se tornará membro da Organização do Tratado do Atlântico
Norte (NATO).