Autor: Lusa/AO Online
O porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov, disse que as medidas foram tomadas no contexto "do clima hostil" que se desenvolveu em torno da Rússia, incluindo na esfera económica, levadas a cabo por "certos" Estados europeus e pela União Europeia, em consequência da invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Segundo Peskov, a Rússia está a tomar as medidas que considera necessárias para salvaguardar os próprios interesses.
"É claro que, se os planos de apreensão ilegal de bens e propriedades russas forem implementados, a Rússia vai defender-se e utilizar todos os instrumentos legais disponíveis", disse.
Sobre os ativos nacionalizados, Peskov não quis fazer comentários, afirmando que tudo depende de cada caso específico.
Desde o início da invasão da Ucrânia, em 2022, a Rússia nacionalizou mais de 100 empresas no país e outros tantos ativos.
Embora muitas empresas fossem propriedade estrangeira, como a Shell, a Danone e a ExxonMobil, outras pertenciam a cidadãos particulares.
A
última proposta de orçamento de Estado para 2026 deixa claro que a
Rússia planeia privatizar empresas estatais, cujas receitas serão depois
canalizadas para a indústria militar.