Rui Patrício ouvido a 6 de janeiro de 2020 e Jorge Jesus no dia seguinte
19 de dez. de 2019, 18:39
— Lusa/AO Online
Na manhã do dia 6 de janeiro vão
testemunhar Márcio Sampaio, preparador físico, e o jogador André Pinto,
enquanto durante a tarde o coletivo de juízes irá ouvir o internacional
português Rui Patrício, atualmente ao serviço do Wolverhampton, de
Inglaterra.A mesma fonte acrescentou que
na manhã de 7 de janeiro está marcada a inquirição do futebolista Ruben
Ribeiro e, à tarde, de Jorge Jesus, treinador do Sporting aquando da
invasão e que atualmente orienta o Flamengo, do Brasil.Para 8 de janeiro estão agendados os testemunhos do jogador italiano
Cristiano Piccini, entretanto transferido para o Valência, e à tarde
Mário Monteiro, preparador físico, que, à semelhança de Márcio Sampaio,
faz parte da equipa técnica do dos brasileiros do Flamengo, liderada
por Jorge Jesus.Está previsto que os futebolistas sejam ouvidos via Skype.Quanto
a Jorge Jesus, Mário Monteiro e Márcio Sampaio é provável que sejam
ouvidos presencialmente no Tribunal de Monsanto, em Lisboa, mas há a
possibilidade de também prestarem declarações através de
videoconferência.O processo pertence ao
Tribunal de Almada, mas por “questões de logística e de segurança” o
julgamento está a realizar-se em Monsanto.Hoje
decorreu a 15.ª sessão, a última deste ano, com as inquirições dos
fisioterapeutas Gonçalo Álvaro e Ludovico Marques e do futebolista
Sebastien Coates, além da conclusão da audição a Battaglia.O julgamento, que começou em 18 de novembro deste ano, será retomado em 06 de janeiro de 2020.A
acusação do Ministério Público (MP), assinada pela procuradora Cândida
Vilar, conta que, em 15 de maio de 2018, a equipa de futebol do Sporting
foi atacada na Academia do clube, em Alcochete, distrito de Setúbal,
por elementos do grupo organizado de adeptos da claque Juventude Leonina
e do subgrupo Casuais (Casuals), que agrediram técnicos, jogadores e
‘staff’.O antigo presidente do Sporting
Bruno de Carvalho, Nuno Mendes (Mustafá), líder da claque Juventude
Leonina, e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos, estão
acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, de 19
crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de
sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.Os
três arguidos respondem ainda por um crime de detenção de arma proibida
agravado e Mustafá também por um crime de tráfico de estupefacientes.A
acusação considera que os 41 arguidos que se deslocaram à Academia
agiram mediante um plano "previamente traçado" e cumpriram os objetivos
de "criar um clima de medo e terror" junto de jogadores e equipa
técnica, de agredi-los com tochas, cintos, paus e bastões e de "privar
os ofendidos de liberdade" enquanto decorriam as agressões.