Ronda de negociações termina com avanços nos corredores humanitários
Ucrânia
7 de mar. de 2022, 18:27
— Lusa/AO Online
"Alcançámos
alguns resultados positivos no que diz respeito à logística dos
corredores humanitários", disse Podoliak, assessor da presidência
ucraniana, na sua conta na rede social Twitter."Serão feitas mudanças e será dada uma ajuda mais eficaz às pessoas que sofrem com a agressão da Federação Russa", acrescentou.Sobre
outras questões fundamentais, como as relativas a um cessar-fogo,
"continuarão os diálogos intensivos", referiu o representante ucraniano,
lamentando que nestes pontos, "até ao momento não haja resultados que
possam melhorar a situação".O
chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, considerou, por seu turno,
que esta 3.ª ronda de conversações "não correspondeu às expectativas"
de Moscovo. "Esperamos
que da próxima vez possamos fazer avanços maiores", disse numa
conferência de imprensa transmitida pelo canal de televisão estatal
russo Rossia 24.Sobre
os corredores humanitários, Vladimir Medinsky voltou a dizer que a
responsabilidade de não estarem a funcionar é de Kiev, afirmando que
espera que comecem a funcionar na terça-feira."Dissemos
claramente que esperamos que amanhã (terça-feira) estes corredores
comecem finalmente a funcionar. O lado ucraniano deu-nos garantias
disso", afirmou o chefe da delegação russa, citado pela agência de
notícias Interfax.Antes
do início do encontro, que decorreu na Bielorrússia, perto da fronteira
polaca, Vladimir Medinsky tinha dito que os negociadores iam discutir
três blocos de questões, nomeadamente, "resolução da política interna,
aspetos humanitários internacionais e resolução de questões militares".Esta
ronda de conversações aconteceu depois de hoje, pela terceira vez
consecutiva, terem falhado as retiradas de civis previstas, devido à
violação do cessar-fogo, com ambas as partes a culparem-se mutuamente
pelo incumprimento do acordado.A
maior parte dos corredores humanitários propostos por Moscovo para
retirar civis das cidades sitiadas pelo exército russo seriam
estabelecidos através de território da Bielorrússia, aliado do Kremlin,
segundo o Governo da Ucrânia, que considera essa solução inaceitável e
defende que as pessoas devem poder ser retiradas para território
ucraniano.