Rodagem da série portuguesa "Rabo de Peixe" chega a Mafra
10 de ago. de 2022, 16:52
— Lusa/AO Online
“Rabo
de Peixe” foi um dos dez projetos vencedores do concurso promovido pela
plataforma Netflix com o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA),
para argumentistas, lançado em 2020, que teve no seu propósito apoiar a
produção audiovisual portuguesa no contexto da pandemia Covid-19.Com
produção da Ukbar Filmes, “Rabo de Peixe” é a segunda série portuguesa
para a Netflix realizada integralmente em Portugal, depois de "Glória",
de Tiago Guedes, produzida pela SPi e estreada em novembro passado.“Trata-se
de um ‘thriller’ com toques de humor sarcástico sobre quatro amigos
cuja vida mudou com a chegada de uma tonelada de cocaína e, embora
baseada em factos reais, a série é completamente fictícia”, refere a
produção. Na quinta-feira, o ministro da
Cultura, Pedro Adão e Silva, vai visitar o ‘set’, em Mafra, sendo, no
entanto, a série essencialmente gravada em vários locais da ilha
açoriana de São Miguel, nomeadamente Ribeira Grande, ilhéu de Vila
Franca do Campo, lagoa das Sete Cidades e Furnas.O
elenco é encabeçado por José Condessa, Helena Caldeira, Rodrigo Tomás,
André Leitão e Kelly Bailey, contando ainda com a participação de Maria
João Bastos, Pepê Rapazote, Albano Jerónimo e Afonso Pimentel."Rabo
de Peixe" será ainda a primeira produção de ficção assinada por Augusto
Fraga, que tem trabalhado sobretudo em publicidade, juntamente com
Patrícia Sequeira, autora de filmes como "Snu" e "Bem Bom"."Esta
é uma série de puro entretenimento e adrenalina, mas, ao mesmo tempo,
uma reflexão sobre a fortuna e fatalidade da condição humana. Sendo eu
açoriano, estou muito feliz por trazer esta aventura aos écrans da
Netflix", afirmou o realizador e argumentista Augusto Fraga, quando do
início das rodagens, nos Açores, citado num comunicado da Netflix.No
concurso Netflix-ICA, além de "Rabo de Peixe", que teve um apoio de 25
mil euros, foram igualmente contemplados, com a mesma verba,
“Finisterra” (ficção), de Guilherme Branquinho e Leone Niel, “My name is
Jorge: A redemption story” (documentário), de Sofia Pinto Coelho, “O
chefe Jacob” (ficção), de Raquel Palermo e João Lacerda Matos, “e
“Victoria” (ficção), de Dinis M. Costa.Com
seis mil euros, de acordo com o anúncio do ICA feito em 2020, ficaram
os projetos “Paradoxa” (ficção), de Luísa Costa Gomes, “Paredes Brancas,
Povo Mundo” (documentário), de Alexandre Farto (Vhils), André Costa,
Catarina Crua e Ricardo Oliveira, “Barranco dos Cegos” (ficção), de Luís
Filipe Rocha, “Cleptocracia” (ficção), de João Brandão, e “This is not a
kanga” (documentário), de João Nuno Pinto, Fernanda Polacow e Bruno
Morais Cabral).De acordo com informação
divulgada pelo ICA em junho de 2020, foram admitidas a este concurso
1.198 projetos, identificados na altura apenas com o título – havia 18
sem título -, sem identificação da respetiva autoria.A
parceria entre o ICA e a Netflix, anunciada em abril de 2020, visava
apoiar com um total de 155 mil euros “os dez melhores projetos” de
séries de ficção ou documentário, apresentados por “argumentistas e
autores residentes em Portugal”.Segundo o
regulamento, houve uma pré-seleção por um júri português, mas foi a
plataforma Netflix a selecionar os projetos a serem financiados,
atribuindo 25 mil euros a cada um dos cinco melhores e seis mil euros a
cada um dos restantes.O júri que fez a
pré-seleção dos projetos integrou a diretora de conteúdos da Netflix,
Verónica Fernández, o adjunto de comunicação da Fundação Calouste
Gulbenkian, Luís Proença, o escritor Possidónio Cachapa, a jornalista
Isabel Lucas e o realizador Jorge Paixão da Costa.