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Ratificação do parlamentar do Tratado de Lisboa
Ribeiro e Castro lamenta decisão do Governo
O ex-líder do CDS-PP José Ribeiro e Castro lamentou que o Governo tenha decidido ratificar o Tratado de Lisboa no Parlamento, sem referendo, mas critica também a estratégia dos partidos que defenderam a consulta popular.

Autor: Lusa / AO online
Em declarações à Lusa, Ribeiro e Castro lamentou que, no debate com o primeiro-ministro na Assembleia da República, quarta-feira, os partidos, incluindo o CDS, "se tenham desviado para outras matérias", como as pensões ou a situação na banca.

"O tema do Tratado de Lisboa e do referendo era suficientemente importante para que todas as bancadas se tivessem concentrado nele", considerou o antecessor de Paulo Portas à frente dos democratas-cristãos.

Para Ribeiro e Castro, este desvio para outros assuntos "enfraqueceu a reclamação de um referendo" por parte dos partidos que o exigiam - CDS-PP, PCP, BE e Verdes.

"Teria sido mais correcto que o debate se concentrasse exclusivamente no tratado e no referendo", disse.

Sob a sua liderança, o CDS-PP defendeu um duplo "sim", favorável ao Tratado de Lisboa e ao referendo, posição que viria a ser mantida por Paulo Portas.

"A posição foi mantida mas tenho pena que tenham existido meses de dúvidas e hesitações", referiu.

"Fica um grande desafio que, no imediato, é irreparável por não se fazer um referendo ao Tratado de Lisboa", acrescentou Ribeiro e Castro.