Revisão do Acordo de Parceria dos Açores prevê transformação do HDES em hospital novo
24 de out. de 2024, 15:52
— Lusa/AO Online
A revisão do Acordo de
Parceria Estratégica 2023-28 foi realizada numa cerimónia no Teatro
Micaelense, em Ponta Delgada, entre o Governo dos Açores e seis organizações, passando a incluir a Associação
dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas dos Açores
(AICOPA), a União Regional das Instituições Particulares de
Solidariedade Social dos Açores (URIPSSA) e a União Regional das
Misericórdias dos Açores (URMA).A
Federação Agrícola, a UGT e a Câmara do Comércio dos Açores, que
assinaram o acordo original firmado em setembro de 2023, também
subscreveram a revisão do documento.No
Acordo de Parceria 2023-28, consultado pela agência Lusa, é assumido o
“desafio de transformação” do Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em
Ponta Delgada, na sequência do incêndio ocorrido naquela unidade de
saúde a 04 de maio.O documento prevê a
“concretização das grandes opções de funcionalidade do hospital novo, no
HDES, de modo a assegurar a estabilidade e a confiança necessárias na
qualidade dos cuidados de saúde prestados à população e permitir a
criação do Centro Tecnológico Universitário de Saúde”.O
acordo defende também a promoção de uma reflexão alargada sobre a
exequibilidade financeira da continuidade temporal de diversas medidas
em implementação através do Plano de Recuperação e Resiliência e, de
forma mais global, sobre o modelo de desenvolvimento” dos Açores.Os
subscritores advogam a criação de um “passe intermodal aéreo e marítimo
de utilização única” para promover a “mobilidade dos residentes durante
o inverno” e a majoração em 60% dos valores padrão por cada criança com
necessidades especiais em creches já em 2024.Na
cerimónia de assinatura, o responsável da URIPSSA, João Canedo,
defendeu a importância de olhar para as IPSS como “parceiras
privilegiadas” e defendeu a criação do estatuto do voluntário.A
presidente da AICOPA, Alexandra Bragança, considerou o acordo como a
“prova viva de que a concertação social nos Açores está bem viva”.Já
Bento Barcelos, da URMA, apelou à “criação de melhores condições
legislativas e contratuais” para as misericórdias, exemplificando com a
revisão do acordo da ação social dos Açores.O
Acordo de Parceria mantém os objetivos de “reduzir a taxa de abandono
precoce de educação e formação, para valores não superiores a 15% em
2028” e de “triplicar, no atual período de programação europeu, os
valores executados de fundos comunitários”.No
documento, o Governo Regional reitera a intenção de “promover a
cobertura de médicos de família para todos os açorianos até 2026” e de
“acelerar o processo de diminuição consistente do prazo médio de
pagamentos da administração pública até atingir, em 2026, os 60 dias”.O
Acordo de Parceria, além de prever a “implementação e gestão efetiva”
das áreas marinhas protegidas”, volta a defender a necessidade de
“inverter a trajetória de aumento dos rácios da dívida pública”,
recorrendo ao “endividamento líquido apenas nas situações em que este
seja absolutamente necessário para o aproveitamento integral dos fundos
comunitários”.