Revisão do acesso ao ensino superior ainda aguarda contributos de parceiros
13 de jan. de 2023, 07:38
— Lusa/AO Online
Em
resposta a questões colocadas pela agência Lusa sobre se o Governo tem
intenção de reduzir o contingente das vagas reservadas aos alunos das
regiões autónomas dos Açores e da Madeira no ensino superior do
continente, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
respondeu que “a revisão do acesso ao ensino superior está em curso e
envolve um conjunto alargado de matérias”. “O
Ministério tem promovido (e continuará a promover) um conjunto alargado
e numeroso de reuniões para ouvir os parceiros relevantes, por se
tratar de matéria com particular impacto nos nossos estudantes e
instituições”, indica o gabinete da ministra Elvira Fortunato, numa
resposta escrita enviada à Lusa.O
Ministério do Ensino Superior acrescenta que está ainda a aguardar
contributos de vários parceiros, “por forma a chegar a um modelo de
acesso adequado e justo”. Quando “processo
de discussão e reflexão estiver concluído”, o novo modelo de acesso ao
ensino superior será divulgado publicamente, salienta.Na
sexta-feira, o jornal Público revelou que, no âmbito da revisão do
modelo de acesso ao ensino superior, o Governo pretende reduzir as vagas
destinadas aos alunos dos Açores e da Madeira no ensino superior do
continente.Assim, cada um dos contingentes
especiais para candidatos oriundos das regiões autónomas passará a ter
2% das vagas reservadas em cada curso, sendo que, atualmente, 3,5% dos
lugares estão guardados para alunos da Madeira e dos Açores, segundo uma
proposta, a que o jornal teve acesso.A notícia mereceu críticas dos executivos regionais e de vários partidos com assento nas respetivas assembleias legislativas.Na
resposta enviada à Lusa, o Ministério da Ciência esclarece ainda que as
reações que têm vindo a público “não têm tido por base uma entrevista
da ministra Elvira Fortunato ao jornal Público, mas sim um artigo de
perguntas e respostas redigido pelo jornalista com base nas suas
fontes”. “A ministra não deu qualquer
entrevista sobre o assunto, nem prestou quaisquer declarações àquele
órgão de comunicação social”, lê-se na resposta do ministério.