Retiradas das ruas de Lisboa 130 tendas de pessoas sem-abrigo em seis meses
9 de dez. de 2024, 13:09
— Lusa/AO Online
“Conseguimos
retirar 56 tendas [que se encontravam] à volta da igreja dos Anjos [em
Arroios], depois mais 17 no chamado Regueirão dos Anjos e, a partir daí,
temos conseguido encaminhar estas pessoas. Algumas ainda estão nas
pensões, mas outras já lhes conseguimos arranjar emprego, até fora de
Lisboa e, portanto, os problemas estão a ser resolvidos”, disse Carlos
Moedas.O autarca fez um balanço do
trabalho realizado nos últimos seis meses em relação a pessoas em
situação de sem-abrigo, afirmando ter conseguido “eliminar em Lisboa
mais de 130 tendas que estavam na rua com pessoas que não tinham teto e
dar-lhes um teto”.Segundo Carlos Moedas,
que falava à entrada para o Seminário em Ética, Integridade e Prevenção
da Corrupção, destinado a cerca de mil trabalhadores da autarquia, no
Dia Internacional contra a Corrupção, trata-se de uma ação “muito
coordenada da parte da Câmara Municipal”, que encontrou “saídas para
aquelas pessoas” e, para as quais não encontrou saída, “a câmara vai
continuar a pagar a pensão ou ‘hostel’”.“Eu
quero dar às pessoas uma certeza, se estiverem na rua em Lisboa, eu
consigo retirá-las da rua, consigo-lhes dar, pode não ser o teto de uma
casa, mas tem de haver um teto. Tem de haver uma pensão, um ‘hostel’
para as pessoas não estarem à noite na rua, é isso que estamos fazer
todas as noites”, referiu.O autarca
considera tratar-se de um flagelo para a cidade, reconhecendo que a
situação dos sem-abrigo na capital “não tem só as pessoas de Lisboa, mas
tem muitas pessoas que vêm de fora de Lisboa e também de fora do país”.Carlos
Moedas salientou, ainda, a importância de “tratar as pessoas com
dignidade”, ter políticas de imigração “para que as coisas possam correr
bem”, adiantando que “50% das pessoas eram estrangeiros, sem
documentos”.