Autor: Lusa/AO Online
Em
declarações à Lusa, José António Corvelo refere que esta questão foi
abordada na última reunião ordinária, de janeiro, do Conselho de Ilha
das Flores, onde foi manifestada “a preocupação por se ter retirado do
circuito o barco que fazia a ligação com as Flores, logo após a abertura
da ponte-cais” no porto das Lajes.
O
navio “Margareth” é um porta-contentores com bandeira de Antígua, que
garantia o transporte de mercadorias para a ilha das Flores e que, a
partir de março, por opção do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM), vai
voltar àquela rota.
Na sequência da
passagem do furação 'Lorenzo", em 2019, pelos Açores, o porto comercial
das Lajes das Flores foi danificado e a situação agravou-se com a
tempestade 'Efrain', em dezembro de 2022.
“Foi
uma situação precipitada porque, entretanto, veio logo a seguir, embora
não estivesse programada, outra tempestade após o ‘Lorenzo’, pondo por
terra a pouca proteção que ainda havia no local”, aponta o responsável
pelo Conselho de Ilha.
José
António Corvelo salvaguarda que o atual barco que opera para as Flores,
“face à reduzida navegabilidade no porto das Lajes, vê a sua ação
limitada devido ao seu tamanho”.
O
cargueiro “Margareht”, que tem um menor cumprimento, “estava a servir
bem e deveria ter sido mantido pelo Governo Regional por mais algum
tempo até a situação estar mais normalizada”, de acordo com Corvelo.
O
presidente do Conselho de Ilha considera que, “neste momento, a
situação é preocupante, como tem sido demonstrado pelas entidades
locais, as câmaras municipais, os empresários e o cidadão comum, que
acaba por sentir no bolso a fatura”.
José
António Corvelo refere que a proposta do PPM/Açores de haver ‘stoks’
mínimos de alguns produtos assegurados na ilha das Flores “já é falada
há muitos anos, mas infelizmente foi-se protelando”.
O
PPM defendeu segunda-feira o armazenamento de produtos não perecíveis e
de combustível nas Flores devido aos constrangimentos no porto e
revelou que foram transportadas 100 de botijas de gás para a ilha.