Resultados do rastreio do cancro de mama nos Açores disponíveis no processo clínico do utente
4 de abr. de 2025, 17:24
— Lusa/AO Online
O projeto, concretizado no
âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), representou um
investimento de cerca de 50 mil euros e permite “ter numa única base de
dados os resultados dos exames que são realizados nos rastreios do
cancro da mama”, segundo a secretária regional da Saúde e Segurança
Social, Mónica Seidi.“As mamografias são
enviadas de modo imediato na base de dados de imagiologia da região e
ficam acessíveis automaticamente a todas as instituições do Serviço
Regional de Saúde”, adianta Mónica Seidi, citada numa nota de imprensa
do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM).De
acordo com a governante, “significa que o médico de família tem acesso
ao exame feito no rastreio móvel, sem a necessidade de transportar esses
exames em CD, por exemplo, e esse acesso é feito em qualquer momento”.Segundo
o executivo açoriano, a VNA - Vender Neutral Archive, é uma base de
dados única, que funciona em todos os aparelhos do Serviço Regional de
Saúde, e com o projeto agora concluído “dá-se a integração dos
resultados dos exames realizados nas caravanas móveis de rastreio da
mama (ROCMA), de forma automática, na rede e base de dados do Centro de
Oncologia dos Açores e do Serviço Regional de Saúde”.“Isto
acontece através de envio de exames de mamografia em tempo real,
permitindo que os resultados dos exames efetuados no âmbito do rastreio
móvel possam ser imediatamente colocados na base de dados de imagiologia
regional, ficando acessíveis a todo o Serviço Regional de Saúde,
evitando gravações de CD, e atrasos na colocação e acessibilidade dos
referidos exames aos utentes e profissionais”, lê-se na nota.As
unidades móveis passam a estar ligadas em rede ao Serviço Regional de
Saúde, dado que foi criado um circuito seguro de informação de saúde,
permitindo o acesso aos rastreios realizados pelos profissionais de
Medicina Geral e Familiar e médicos especialistas em todo o Serviço
Regional de Saúde “de forma imediata e segura em qualquer ponto de
rede”.Mónica Seidi acrescenta que, desta forma, “se garante a minimização dos riscos de perda de exames”.“Há
uma redução do trabalho manual e maior segurança informática no
alojamento de dados de saúde, permitindo ainda uniformizar e reduzir
custos com manutenção de sistemas de arquivo autónomos passando a estar
tudo integrado no mesmo arquivo de imagem do Serviço Regional de Saúde,
ou seja, poupamos tempo, e ganhamos em segurança e eficiência”, explica a
governante.O projeto agora concluído
complementa outros investimentos já feitos pelo executivo "na
concretização da estratégia para um Serviço Regional de Saúde com
condições de prestar melhores cuidados aos seus utentes”.Como
exemplos, refere-se a aquisição do novo mamógrafo para o Centro de
Oncologia (que substituiu o anterior, com mais de 20 anos) e a aquisição
de uma nova unidade móvel (também com verbas do PRR).