Resultado de concurso para fisioterapeuta no Corvo anunciado no final de agosto

24 de jul. de 2019, 08:35 — Lusa/AO Online

Teresa Machado Luciano, ouvida hoje na Comissão dos Assuntos Sociais, na delegação de Ponta Delgada do parlamento açoriano, adiantou que o concurso, “neste momento, está em audiência de interessados, que se prevê que termine no final de agosto”, e garantiu que, “nos dez dias seguintes, será dada a resolução final do concurso”.A questão foi levada à comissão por requerimento do PPM, tendo o único deputado do partido na Assembleia Legislativa Regional, Paulo Estêvão, apontado que o processo de contratação de um fisioterapeuta para a Unidade de Saúde de Ilha do Corvo (USIC) começou em 2012, mas foi anulado “por despacho oral”, afirmou o parlamentar, tendo sido retomado em 2018.O processo ainda decorre porque um dos concorrentes apresentou recurso junto da Secretaria Regional da Saúde, explicou a governante, mas o deputado do PSD Bruno Belo e o deputado do PPM queixam-se de um processo “anormalmente longo”.Durante a comissão, o deputado socialista eleito pelo Corvo, Iasalde Nunes, fez questão de lembrar que a ilha não está sem fisioterapia, uma vez que a Câmara Municipal celebrou contrato com um fisioterapeuta, tendo sugerido a possibilidade de um acordo, a título provisório, entre o Governo Regional dos Açores e o município, para que este profissional possa servir a USIC. Esta solução “foi anotada e terá que ser avaliada” pelo executivo, afirmou a secretária regional, mas não agrada ao parlamentar monárquico eleito pelo Corvo, que classifica a opção como “um processo estranho”.“Em 2018, o fisioterapeuta contratado pela Câmara, também está a concorrer. A proposta agora é que se utilize esse fisioterapeuta, que é parte envolvida no processo e que não foi o primeiro classificado, que utilize um serviço para o qual não foi selecionado. Há aqui contornos absolutamente inaceitáveis”, concretizou Paulo Estêvão.O deputado social-democrata Bruno Belo apontou ainda que o protocolo entre o fisioterapeuta e a autarquia “só acontece por boa vontade do fisioterapeuta”, já que o valor em causa será “reduzido”.Na ordem de trabalhos esteve, também, a proposta do PSD para a melhoria da atuação das comissões para a dissuasão da toxicodependência (CDT) nos Açores, que defende, entre outras medidas, que sejam criadas unidades em todas as ilhas.Atualmente, existem na região três CDT, em Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta, que cumprem, também, funções nas restantes ilhas, sempre que necessário.Teresa Machado Luciano sublinhou que “as três comissões para a dissuasão da toxicodependência estão a funcionar em pleno”.“O número de casos nas outras ilhas não justifica a criação de nove CDT na Região Autónoma dos Açores”, explicou a governante, que admitiu avaliar algumas das propostas do grupo social-democrata, como uma remuneração fixa para os colaboradores das comissões, à semelhança do que acontece no continente ou na Região Autónoma da Madeira.Na comissão tratou-se, ainda, da extinção da Saudaçor, formalizada no início do mês, tendo a secretária reiterado as informações já veiculadas de que tanto os trabalhadores como a dívida da empresa extinta transitam para a alçada da Direção Regional da Saúde, a quem cumpre garantir as competências desempenhadas pela Sociedade Gestora de Recursos e Equipamentos de Saúde.