Restrições para o Ano Novo entraram às 00:00 de hoje em vigor
30 de dez. de 2021, 09:36
— Lusa/AO Online
As medidas, que
também vigoraram nos dias 24 e 25 de dezembro, foram decididas no
início da semana passada num Conselho de Ministros extraordinário em que
o Governo decidiu também antecipar a estratégia de prevenção e combate à
pandemia definida cerca de um mês antes, face à ameaça da nova variante
Ómicron do vírus SARS-CoV-2.Hoje
e até ao final do dia de sábado será obrigatória a apresentação de um
teste negativo para entrar em restaurantes, casinos e festas de passagem
de ano.Na via pública estão proibidos ajuntamentos de mais de 10 pessoas, bem como o consumo de bebidas alcoólicas.O
reforço das restrições durante a época festiva surge em resposta ao
agravamento da situação epidemiológica devido à nova variante Ómicron do
SARS-CoV-2, que já é dominante em Portugal, e numa altura em que o país
regista novos máximos de infeções diárias (26.867 casos na
quarta-feira) e um aumento exponencial da incidência e do índice de
transmissibilidade.Para
os próximos dias, o Governo recorda ainda as recomendações dadas no
Natal, designadamente o incentivo à realização de testes de diagnóstico,
evitar encontros com muita gente, em espaços fechados, pequenos e pouco
arejados e evitar estar muito tempo sem máscara.A par das medidas decretadas pelo Governo, vários municípios têm vindo a cancelar festas de passagem de ano no espaço público.O
arquipélago dos Açores está na totalidade em situação de contingência
desde quarta-feira, sendo por isso obrigatório apresentar um teste
negativo para aceder aos eventos sociais e festejos da passagem do ano
nas nove ilhas (PCR realizado nas 72 horas anteriores ou antigénio nas
48 horas anteriores), independentemente da vacinação.A
presença de público está limitada até três quartos da lotação do espaço
onde as iniciativas se realizam (em eventos únicos ou em discotecas,
que estão abertas) e as celebrações e os ajuntamentos na via pública
estão proibidos.Já
na Madeira, onde a ocupação hoteleira ronda os 90%, as festividades vão
decorrer sem restrições adicionais às que já estão em vigor desde
novembro, como a obrigatoriedade de apresentar teste antigénio negativo
(com validade de uma semana) e certificado de vacinação para aceder à
maioria dos recintos públicos e privados.Em
2020, o Governo Regional apelou aos madeirenses para que assistissem ao
tradicional espetáculo de fogo de artifício em casa e também definiu
2.060 quadrados desenhados no pavimento nos locais mais procurados, para
um máximo de cinco pessoas cada, de preferência familiares, mas este
ano esta medida não se aplica.Além
das medidas anunciadas em Conselho de Ministros especificamente para o
período de Natal e Ano Novo, estão em vigor desde 25 de dezembro outras
restrições no continente inicialmente previstas apenas para a primeira
semana de janeiro, como o regresso ao teletrabalho obrigatório, o
encerramento de creches e ateliês de tempos livres (ATL) e de bares e
discotecas.Até
dia 09 de janeiro, é também obrigatório um teste negativo para o acesso
a hotéis e estabelecimentos de alojamento local, para eventos
empresariais e festas familiares, como casamentos ou batizados, e para
eventos desportivos e culturais, independentemente do número de
espetadores.A
lotação dos espaços comerciais foi limitada a uma pessoa por cada cinco
metros quadrados para evitar ajuntamentos que acontecem na semana a
seguir ao Natal para trocas de presentes.Portugal Continental está em situação de calamidade desde 01 de dezembro devido ao aumento do número de casos.A
covid-19 provocou mais de 5,41 milhões de mortes em todo o mundo desde o
início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência
France-Presse.Em
Portugal, desde março de 2020, morreram 18.921 pessoas e foram
contabilizados 1.330.158 casos de infeção, segundo dados da
Direção-Geral da Saúde.A
doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado
no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com
variantes identificadas em vários países.Uma
nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa
pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral,
mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a
24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países,
sendo dominante em Portugal.