Responsável pelas lotas nos Açores quer setor das pescas a competir melhor
16 de jan. de 2019, 11:18
— Lusa/AO Online
Cíntia
Machado, que falava em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, num painel
sobre os desafios e oportunidades que se colocam aos Açores, destacou a
necessidade de os produtos piscícolas “acrescentarem valor” no mercado,
potenciando a pesca sustentável que se pratica na região, com artes de
pesca amigas do ambiente e uma gestão equilibrada dos stocks.Para
a responsável pela empresa gestora do serviço de lotas do arquipélago,
toda a fileira da pesca tem de “trabalhar em equipa” para vencer os
desafios que se colocam ao setor, havendo que explorar comercialmente
muitas outras espécies de pescado que o mar dos Açores comporta, além
das tradicionais já no mercado.José
Soares, gerente da Unicol-União das Cooperativas de Lacticínios
Terceirense, que destacou que os Açores transitaram de uma economia de
exploração familiar para uma economia de mercado, os “grandes desafios”
que se colocam ao setor assentam no escoamento e valorização dos
produtos.O
empresário sublinhou que o mercado nacional, o principal mercado para o
setor, é neste momento uma “realidade claustrofóbica” face ao excesso de
leite e derivados existente na sequência das mutações no mercado
europeu, havendo que trabalhar novos mercados.O
vice-presidente do grupo Finançor lamentou, por seu turno, que a sua
empresa tenha ficado de fora da exportação da carne de porco do país
para a China devido a dificuldades no matadouro de Ponta Delgada, cidade
onde apontou também problemas operacionais ao porto, o que condiciona
as exportações a partir dos Açores.Romão
Braz anunciou que o grupo está a desenvolver projetos na área da
aquacultura que passam pela cultura de algas e peixe para exportar para o
potencial mercado nipónico.O
debate realizado em Ponta Delgada insere-se na iniciativa
Encontros Fora da Caixa, iniciativa promovida pela Caixa Geral de
Depósitos.