Residentes em lares de todas as idades entre prioritários para vacina
Covid-19
27 de nov. de 2020, 11:27
— Lusa/AO Online
Segundo explicou à agência Lusa o
coordenador da ‘task force’ criada pelo Governo para definir todo o
plano de vacinação contra a Covid-19, Francisco Ramos, a proposta
apresentada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) “não tem qualquer limite
de idade para as pessoas internadas em lares”.“A
existir, será pelas características das próprias vacinas e não por uma
escolha de quem tem responsabilidade de decidir quem deve ser vacinado,
nomeadamente quem será vacinado numa primeira fase”, que abrangerá cerca
de um milhão de pessoas, explicou.Francisco
Ramos disse também que os últimos detalhes ainda estão a ser
trabalhados e que, provavelmente, na próxima semana a definição dos
grupos prioritários ficará fechada.“Estamos
a últimar detalhes e pormenores no sentido de que tudo esteja pronto
ainda este ano e a definição dos grupos prioritários provavelmente já na
próxima semana, para quando a vacina chegar poder começar a ser
utilizada”, acrescentou.Francisco Ramos
explicou ainda que, segundo a proposta apresentada pela DGS, “quem não
apresentar comorbilidades severas não estará nestes grupos de primeira
prioridade”.O grupo de trabalho criado
pelo Governo tem ainda de definir outras questões, designadamente os
locais de vacinação e toda a logística de armazenamento e distribuição
da vacina.Sobre as outras matérias, o
responsável escusou-se a adiantar mais informação, afirmando apenas: “Há
já outras questões [a considerar] e brevemente teremos oportunidade
transmitir a toda a população”.A
'task-force' criada pelo Governo para coordenar todo o plano de
vacinação contra a covid-19, desde a estratégia de vacinação à operação
logística de armazenamento, distribuição e administração das vacinas,
tem um mês para definir todo o processo.Segundo
o despacho publicado na quinta-feira em Diário da República, assinado
pelos ministros da Defesa Nacional, Administração Interna e Saúde, este
grupo de trabalho tem um mandato de seis meses, renovável em função do
progresso da operacionalização da vacinação contra a covid-19.A
'task-force' tem um núcleo de coordenação, liderado pelo ex-secretário
de Estado Francisco Ramos e que inclui elementos da Direção-Geral da
Saúde, Infarmed e dos ministérios da Defesa Nacional e da Administração
Interna e conta com o apoio técnicos de diversas estruturas.O
Estado-Maior-General das Forças Armadas, a Autoridade Nacional de
Emergência e Proteção Civil, a Administração Central do Sistema de Saúde
(ACSS), o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I. P.
(INÇA), os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e o
Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) são as entidades de
apoio técnico.