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República promete ajudar a concretizar potencial espacial dos Açores

Ministro da Educação, Ciência e Inovação de Portugal considera que os Açores ocupam uma posição de destaque na estratégia nacional para o Espaço. Declarações de Fernando Alexandre no último dia da Conferência da FLAD.


Autor: Nuno Martins Neves

O Governo da República está comprometido em estabelecer uma estratégia que torne realidade o potencial dos Açores no Espaço, em articulação com o executivo regional e a Universidade dos Açores. Declarações do Ministro da Educação, Ciência e Inovação de Portugal, Fernando Alexandre, no segundo e último da Conferência promovida pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), que decorreu na Praia da Vitória.

Para o governante, os Açores assumem uma “posição de destaque” na Estratégia Nacional para o Espaço, decorrente da sua posição geográfica. Fernando Alexandre considerou que o arquipélago tem um conjunto de infraestruturas que a tornam “numa região muito importante para o desenvolvimento da área espacial, e por isso é a partir daqui que temos de construir e podem contar com o apoio do Governo da República”.

Entre elas, o ministro destacou os equipamentos existentes na ilha de Santa Maria, como o teleporto, que permite o rastreamento dos lançadores, a partir da Guiana Francesa, bem como a receção dos dados da observação de satélites.

Mas não só: “No transporte espacial, a ilha de Santa Maria, pela sua posição geográfica, torna-a a mais forte concorrente para acolher um futuro espaçoporto europeu. O Governo da República, em articulação com o Governo Regionale com a Universidade dos Açores, está comprometido com o estabelecimento de uma estratégia que torne este potencial uma realidade”, afirmou.

Para Fernando Alexandre, os Açores também têm uma palavra a dizer no que toca aos Oceanos: assinalando que Portugal e os Açores têm de ser, “cada vez mais”, uma referência internacional na preservação dos recursos marítimos, o governante com a pasta da Educação, Ciência e Inovação de Portugal entende que é preciso materializar o paradigma Created IN para que os Açores possam concretizar todo o seu potencial “e o Atlântico se afirme como nova centralidade”.

E o que é este novo paradigma, desenvolvido por Fernando Alexandre?É, em traços gerais, a passagem de um paradigma de crescimento baseado em mão-de-obra barata para um mais baseado na inovação.

Razão pela qual o governante também enalteceu o trabalho desenvolvido por outros centros localizados nos Açores, como o AirCentre, na ilha Terceira, e o Okeanos, na ilha do Faial.

Ou seja, “desenvolver uma economia com trabalhadores mais qualificados, com mais conhecimento, com maisinovação, alinhados com os grandes desafios nacionais e europeus”.