República Democrática do Congo declara fim do 12.º surto no país
Ébola
3 de mai. de 2021, 11:31
— Lusa/AO Online
“A resposta a esta epidemia foi
influenciada pela expansão da pandemia de Covid-19, que não poupou o
nosso país”, disse o ministro da Saúde congolês, Jean-Jacques Mbungani.Este
último surto foi declarado a 07 de fevereiro e contou com casos nas
cidades de Butembo, Byena, Katwa e Musienene, todas na região do Kivu
Norte.De acordo com a Organização Mundial
da Saúde (OMS), “a análise da sequência genética indica que este surto
está relacionado com o que durou dois anos e ocorreu nas províncias do
Kivu Norte e Ituri, entre 2018 e 2020”, a décima epidemia de Ébola na
RDCongo, que matou pelo menos 2.280 pessoas.Por
sua vez, a OMS relatou, através da rede social Twitter, o fim
deste último surto, e felicitou “as autoridades sanitárias, a saúde e as
comunidades (locais) por este esforço”.Apenas
uma semana após este novo surto ter sido declarado, o Congo lançou
oficialmente a campanha de vacinação contra esta doença contagiosa, que é
transmitida através do contacto direto com sangue ou fluidos corporais
contaminados de pessoas ou animais.Na
Guiné-Conacri, onde o vírus reapareceu em finais de janeiro no sul do
país, causando 12 mortos, das 23 infeções registadas, o último doente
confirmado com Ébola teve alta médica a 24 de abril, dando oficialmente
início à contagem decrescente de 42 dias para declarar o fim do surto. A Guiné-Conacri não tinha sido infetada pelo Ébola desde a grande epidemia que atingiu a África Ocidental, entre 2014 e 2016.Os
primeiros casos foram detetados neste país africano em finais de 2013,
no que acabou por ser a pior epidemia de Ébola da história, com 11.300
mortes e mais de 28.500 pessoas infetadas, segundo as estimativas mais
conservadoras.