Reprogramação do PEPAC aprovada com aumento do rendimento dos agricultores
7 de fev. de 2025, 12:56
— Lusa/AO Online
“Esta
reprogramação vai permitir aumentar o valor médio do apoio ao rendimento
base dos agricultores portugueses em mais de 50%, dos 82 euros por
hectare – inicialmente previstos – para 126 euros por hectare, já a
partir do Pedido Único de 2025”, indicou o Ministério da Agricultura,
numa nota a que a Lusa teve acesso. A terceira reprogramação PEPAC para 2023-2027 recebeu 'luz verde' na terça-feira. De
acordo com o executivo, esta reprogramação vai também promover uma
maior flexibilidade, ao disponibilizar 50 milhões de euros para a
criação de instrumentos financeiros, que vão mobilizar cerca de 500
milhões de euros de investimento. Entre 17 de fevereiro e 15 de maio decorre o período de apresentação do Pedido Único (PU) referente à campanha de 2025. O
PU abrange os pagamentos diretos, os apoios associados, ecorregimes,
desenvolvimento rural, pagamentos da rede natura, a manutenção da
atividade agrícola em zonas desfavorecidas e as medidas florestais.Citado
na mesma nota, o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes,
defendeu que, com estas medidas, a implementação da PAC será mais
equilibrada, com maior rendimento para os agricultores. Esta
vai ainda promover “a renovação geracional, assegurando o
aproveitamento completo dos recursos disponíveis sem perder um único
cêntimo”. O Governo precisou, no documento
da reprogramação, que o principal objetivo prende-se com o reforço da
resiliência do solo com utilização agrícola, florestal e agroflorestal,
“respondendo a alterações de contexto económico e de políticas europeias
e corrigindo opções disruptivas anteriores”. Conforme
apontou, a instabilidade dos mercados tem causado o adiamento da
execução de investimentos, verificando-se um desfasamento temporal dos
instrumentos de apoio, nomeadamente do Programa de Desenvolvimento Rural
(PDR) e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Por
outro lado, a inflação diminuiu o valor dos apoios da PAC e levou a uma
diminuição do rendimento, o que coloca em causa “uma parte importante
da superfície agroflorestal”.