Autor: Lusa/AO Online
O projeto, hoje apresentado durante a visita estatutária do Governo Regional à ilha do Pico, prevê a construção de uma gare de passageiros, dois cais de acostagem, uma rampa para navios 'roll on/roll off' (para transporte de automóveis e outros veículos, de modo a que estes entrem e saiam do navio pelos seus próprios meios) e um núcleo de recreio náutico, além de avultadas obras marítimas para reforço da segurança no porto.
"É um investimento estruturante para o Triângulo (designação que abrange as ilhas do Pico, Faial e S. Jorge) porque vai consolidar o transporte marítimo", afirmou Vasco Cordeiro, secretário regional da Economia, na cerimónia de apresentação do projeto.
Vasco Cordeiro salientou que esta obra, que vai estar em consulta pública nos próximos meses, se insere na estratégia do executivo regional de criação de um mercado interno regional, juntamente com os investimentos na requalificação da frente de mar da cidade da Horta (Faial), no terminal de passageiros da Madalena (Pico) e na construção da rampa para navios 'roll on/roll off' no Porto das Velas (S. Jorge).
A construção dos novos navios ferry para o transporte de passageiros e viaturas entre as ilhas do Triângulo, cujo processo de seleção dos estaleiros está na fase final, também integra esta estratégia governamental que visa "a valorização económica do Triângulo, a criação de um mercado interno regional e a melhoria da circulação de pessoas e bens".
Na intervenção que proferiu na cerimónia, Vasco Cordeiro manifestou "orgulho na revolução tranquila" operada ao nível do transporte marítimo nos Açores, que tem permitido "recuperar o tempo perdido e estar na dianteira da relação com o mar".
Vasco Cordeiro salientou ainda que, só agora existem condições para o lançamento de uma obra desta envergadura, frisando a importância de "manter a boa gestão das contas públicas que é reconhecida no país e na Europa".
O secretário regional da Economia frisou, no entanto, que "rigor e contenção não significam estagnação dos investimentos", assegurando que o executivo açoriano "não se deixará limitar pela discussão da obra fácil".