Relatório propõe construção de cinco novas prisões e fecho faseado de oito
2 de out. de 2017, 08:35
— Lusa/AO Online
O estudo propõe
o encerramento faseado dos EP de Lisboa, Caxias, Setúbal, Ponta
Delgada, Odemira, Silves, Leiria e Viseu, que têm uma capacidade total
para 1.857 reclusos, argumentando que "a sua vetustez, situação
patrimonial e redundância geográfica justificam a sua substituição".
Em contrapartida, o relatório propõe a construção e abertura de
cinco novos EP, com uma lotação global de 2.400 alojamentos individuais.
Os novos EP são propostos para o distrito de Setúbal
(lotação de 450 reclusos), região do Minho (500), distrito de Aveiro
(550), região do Algarve (600) e ilha de São Miguel (300). É
ainda proposto pelo relatório a ampliação/requalificação de um EP já
existente (São João do Campo, em Viseu), aumentando a sua lotação em 200
novos alojamentos individuais. A transformação do EP de
Olhão de masculino para feminino e a requalificação do EP de Évora, que
deixaria de ser um EP Especial, são outras das propostas que constam do
relatório que aconselha ainda que se dotem os novos estabelecimentos a
construir no Minho, no distrito de Setúbal e nos Açores de unidades ou
pavilhões femininos. No estabelecimento a ampliar em Viseu e
no EP de Coimbra e Leiria devem ser também construídas unidades
femininas. O total de lotação feminina criada será de 245 lugares.
Por seu lado, o EP de Tires (feminino) que tem 663 lugares deve,
segundo o relatório, ser requalificado para adaptar dois terços dos seus
alojamentos para acolher população reclusa masculina num total de 400
lugares. Outra das metas indicadas é a de "planear e executar
nos próximos 10 anos, um conjunto de intervenções de conservação e
manutenção das demais unidades prisionais a manter, dotando-as de mais
alojamentos individuais que deverão substituir grande parte dos
alojamentos individuais que deverão substituir grande parte dos
alojamentos coletivos" Outra das propostas avançadas no
relatório é a de contratar, até 2027, 200 novos elementos do Corpo da
Guarda Prisional e 125 novos técnicos superiores para a área prisional.
Pretende-se ainda que sejam contratados, até 2027, 238 novos
técnicos superiores para área penal não prisional a que acrescerão mais
28 para as equipas especiais de vigilância eletrónica, o que totaliza
266. Contratar 41 novos técnicos profissionais de reinserção
social para as equipas de vigilância eletrónica é outra das
recomendações contida no relatório.