Reitor lamenta chumbo de majoração ao financiamento das universidades da Madeira e Açores
19 de fev. de 2020, 17:05
— Lusa/AO Online
José
Carmo foi hoje ouvido na Comissão Especializada Permanente de Educação,
Desporto e Cultura da Assembleia Legislativa da Madeira para
esclarecimento do "tratamento diferenciado do Estado às universidades da
Madeira e dos Açores".Na votação na
especialidade do Orçamento do Estado para 2020, a Assembleia da
República chumbou a proposta para uma majoração ao financiamento das
instituições do ensino superior da Madeira e dos Açores.A proposta teve os votos favoráveis do PSD, CDS, PCP e Chega e os votos contra do PS e a abstenção do BE, PAN e IL."É
claramente lamentável que, sem ter havido alteração de 2019 para 2020,
em 2019 a Assembleia da República tenha aprovado, por unanimidade, a
possibilidade de majoração e tenha mandado fazer estudos e, em 2020,
tenha recusado na especialidade", declarou.Chumbada
a proposta para uma majoração ao financiamento das instituições
públicas de ensino superior nas regiões autónomas, José Carmo salientou
que o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor,
estabeleceu, entretanto, um acordo com a Universidade dos Açores, por
via de um contrato-programa, no valor anual de 1,2 milhões de euros na
atual legislatura (4,8 milhões de euros no total), que visa compensar as
limitações e sobrecustos da insularidade.José
Carmo disse já ter manifestado o seu desagrado pelo "tratamento
diferenciado que foi dado às universidades da Madeira e dos Açores" ao
ministro, que visitará a Madeira em 13 de março.O reitor espera que, nessa altura, venha a ser assinado um acordo idêntico com a instituição madeirense.Apesar
de destacar que o contrato-programa não substitui a necessidade da
majoração, José Carmo considera que "seria completamente inaceitável" e
"uma discriminação negativa" a sua não celebração."Nesse
caso, esta Comissão, a Assembleia Legislativa Regional e o Governo
Regional terão de tomar uma decisão" sob pena de vir a penalizar os
cursos técnico superiores profissionais e alguns projetos de
investigação.A Comissão é presidida pela deputada do PSD Sónia Barros Silva e é composta por deputados social-democratas e socialistas.