Reitor do Santuário de Fátima lembra atenção de Jesus para com os doentes
11 de fev. de 2022, 18:34
— Lusa/AO Online
Na
missa que celebrou na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima,
Carlos Cabecinhas lembrou o XXX Dia Mundial do Doente, que hoje se
assinala, alertando que o Evangelho hoje proclamado “mostra que Jesus
realiza as obras que os profetas tinham anunciado como identificativas
da vinda do Salvador: dar vista aos cegos, audição aos surdos e voz aos
mudos, eram sinais que deviam indicar a chegada do Salvador”.“É
isso que Jesus realiza, revelando desta forma o coração misericordioso
de Deus Pai que vem em auxílio da humanidade sofredora”, afirmou o
reitor do Santuário, para quem os textos dos Evangelhos “contam que
Jesus nunca ficava indiferente ao sofrimento, e é possível destacar a
atenção que Jesus sempre deu aos doentes”.O
XXX Dia Mundial do Doente tem com o tema “Sede misericordiosos como o
vosso Pai é misericordioso”, o que levou Carlos Cabecinhas a destacar o
desafio de “fazer a experiência concreta desta misericórdia de Deus” na
vida de cada um “e ser testemunha desta misericórdia junto daqueles que
sofrem, assumindo a responsabilidade de ser presença desta misericórdia
sobretudo junto dos que sofrem”.O papa
Francisco, na sua mensagem para esta efeméride, considerou que “há ainda
um longo caminho a percorrer para garantir a todos os doentes, mesmo
nos lugares e situações de maior pobreza e marginalização, os cuidados
de saúde de que necessitam”.Para o
pontífice, cuja mensagem foi divulgada em dezembro de 2021, “o doente é
sempre mais importante que a sua doença e por isso qualquer abordagem
terapêutica não pode prescindir da escuta do paciente, da sua história,
das suas ansiedades, dos seus medos. Mesmo quando não se pode curar,
sempre é possível tratar, consolar e fazer sentir à pessoa uma
proximidade que demonstre mais interesse por ela do que pela sua
patologia”.Na sua mensagem, o papa aborda
também as dificuldades no acesso à saúde sentidas pelas “populações das
zonas mais pobres do planeta, onde por vezes é necessário percorrer
longas distâncias para encontrar centros de tratamento que, embora com
recursos limitados, oferecem tudo o que têm disponível”.“Ainda
há um longo caminho a percorrer e, nalguns países, receber adequados
tratamentos continua a ser um luxo. Testemunha-o, por exemplo, a escassa
disponibilidade, nos países mais pobres, de vacinas contra a covid-19 e
ainda mais a falta de tratamentos para patologias que requerem
medicamentos muito mais simples”, acrescentou Francisco.O
Dia Mundial do Doente foi instituído há 30 anos por João Paulo II para
"sensibilizar o povo de Deus, as instituições de saúde católicas e a
sociedade civil no que diz respeito a atenção para com os doentes e para
com os que deles cuidam", como escreveu o papa Francisco.