Reitor da UAc manifesta “surpresa” sobre colocação de supercomputador na UMinho

O reitor da Universidade dos Açores, João Luís Gaspar, manifestou hoje "surpresa" sobre a colocação na Universidade do Minho do primeiro supercomputador em Portugal, no âmbito da instalação do projeto cientifico AIR Center nos Açores.



Autor: Lusa/AO online

"A Universidade dos Açores foi colhida de surpresa nessa decisão (...). Se se trata de uma infraestrutura que vai ser um dos nós centrais para o tratamento e processamento de informação ligado ao 'Azores Air Center' faria todo o sentido que coligir, e de certa maneira partilhar essa informação, partisse precisamente dos Açores", afirmou João Luís Gaspar.

O reitor falava a jornalistas à margem da assinatura de um convénio para compromisso estratégico entre a universidade e a Ordem dos médicos nos Açores.

João Luís Gaspar lembrou que a Universidade dos Açores "disponibilizou-se" para receber o supercomputador (computador com grande capacidade de processamento de dados e memória) na reunião para a constituição do 'Azores Air Center' que decorreu entre os diversos parceiros em abril de 2017, na ilha Terceira.

"O Air Center é uma estrutura, segundo parece, em rede. Uma estrutura que terá várias valências e, portanto, continuaremos a aguardar para se saber exatamente qual o papel que os Açores e a Universidade dos Açores vão ter numa estrutura desse género", disse.

O reitor comentava o anúncio pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, de que o supercomputador, cedido pela Universidade do Texas em Austin, Estados Unidos, vai integrar um centro de computação avançada que nascerá na Universidade do Minho e que estará em funcionamento no primeiro semestre de 2018.

"Não contestamos, naturalmente, a capacidade da Universidade do Minho de poder coordenar um processo desta natureza, não é isso que está em causa", lembrou o reitor da universidade açoriana.

Questionado pelos jornalistas sobre se iria tomar alguma medida que pudesse trazer o supercomputador para a Universidade dos Açores, João Luís Gaspar admitiu apenas que "há varias questões que ainda estão no plano político" e que "importa perceber a evolução de uma estrutura desse género" lembrando que "há espaço e tempo para tudo".

"O que importa fundamentalmente é começar a ter decisões políticas assentes em critérios pragmáticos daquilo que é o objetivo principal de uma estrutura desse género", concluiu.