“A EBU e a [estação pública
britânica] BBC têm o prazer de confirmar que o Festival Eurovisão da
Canção de 2023 será realizado no Reino Unido, em nome da emissora
vencedora deste ano, a [estação pública] ucraniana UA:PBC”, lê-se num
comunicado divulgado no 'site' oficial da EBU.A
Ucrânia venceu, em maio, o 66.º Festival Eurovisão da Canção, em Turim,
Itália, com o tema “Stefania”, interpretado pela Kalush Orchestra. Por
ter vencido o concurso, a Ucrânia deveria ser no próximo ano o país
anfitrião, tal como aconteceu em 2005 e 2017.No entanto, a 17 de junho, a EBU anunciou que aquele país não iria acolher o concurso em 2023, devido à guerra no país.“Após
a decisão de que, lamentavelmente, a edição do próximo ano não pode
realizar-se na Ucrânia por razões de segurança, a EBU explorou várias
opções com a UA:PBC. Como resultado das conversações, a BBC, segundo
classificado no concurso este ano, foi convidada pela EBU para ser
anfitriã do 67.º Festival Eurovisão da Canção”, lê-se no comunicado divulgado.Esta será a nona vez que o
Reino Unido acolhe o concurso. Londres recebeu o Festival Eurovisão da
Canção em 1960, 1963, 1968 e 1977, Edimburgo, em 1972, Brighton, em
1974, Harrogate, em 1982, e Birmingham, em 1998.A
cidade que vai acolher o concurso “será escolhida nos próximos meses,
após um processo que se inicia esta semana” e as datas do concurso em
2023 “serão anunciadas oportunamente”.A
EBU explica que representantes da UA:PBC irão trabalhar com a BCC para
“desenvolver e implementar elementos ucranianos no concurso do próximo
ano”.Ucrânia, como o país vencedor deste
ano, estará automaticamente classificado para a Grande Final em 2023,
juntando-se aos chamados “Big Five”: França, Alemanha, Itália, Espanha e
Reino Unido.A 66.ª edição do festival,
que se realiza anualmente na Europa desde 1956, incluía inicialmente 41
países, mas a EBU anunciou em 25 de fevereiro, um dia após a invasão da
Ucrânia, que a Rússia iria ficar de fora.A
vitória da Ucrânia, a terceira na Eurovisão, deveu-se essencialmente à
votação popular, não tendo o Reino Unido, que venceu na votação dos
júris nacionais, conseguido ultrapassar os 631 votos da Ucrânia, 439
deles dados pela votação popular.