Regresso dos turistas aos restaurantes após semana de quebras na faturação
JMJ
23 de ago. de 2023, 08:36
— Lusa/AO Online
“Terminada a Jornada
Mundial da Juventude (JMJ), os empresários da restauração puderam
assistir ao regresso dos turistas ‘afugentados’ pelo evento, após uma
semana de ‘quebras na faturação’”, apontou o presidente da PRO.VAR -
Promover e Inovar a Restauração Nacional, em resposta escrita à Lusa,
sobre o impacto no setor do evento religioso, que decorreu na primeira
semana de agosto em Lisboa e Loures.Daniel
Serra realçou que as declarações do Governo e presidentes de Câmara
sobre o evento criaram “uma elevada expectativa na opinião pública e em
muitos empresários”, mas cedo se verificou que, coincidindo com a época
alta do turismo, a JMJ “não iria ter o impacto económico” esperado na
restauração, com o cancelamento de reservas como primeiros sinais de
alerta.“A elevada expectativa ‘espantou’
os turistas e até os residentes, que acabaram por se afastar das zonas
onde se previam mais jovens”, afirmou o presidente da associação.A
idade da maioria dos peregrinos e o baixo valor do ‘kit’ diário de
refeição (sete euros), levou mesmo alguns empresários a decidir encerrar
portas naquela semana, prevendo que a maioria dos peregrinos iria
preferir o ‘fast food’ de cadeias internacionais à comida de prato.“Os
que se mantiveram abertos registaram ‘quebras na faturação’, sublinhou
Daniel Serra, explicando que no segmento médio-alto houve perdas na
faturação porque a JMJ “afugentou” os clientes que eram habituais e
também “muitos turistas, que normalmente fazem uma frequência nos
restaurantes com um ‘ticket’ alto”.Ainda
assim, a associação considera que o evento foi benéfico para a promoção
do país: “Podemos dizer que a restauração perdeu ‘hoje’ para ganhar o
amanhã", considerou Daniel Serra.A JMJ, o maior evento da Igreja Católica, realizou-se este ano de 01 a 06 de agosto em Lisboa.