Autor: Lusa/AO Online
“Como todas as grandes reformas, também a reforma ‘Defesa 2020’, pela sua abrangência, complexidade e especificidade, deve continuar a ser executada a avaliada”, disse.
E, continuou Passos Coelho, “a próxima legislatura deve trazer a sua consolidação, o que tornará ainda mais patente diante do país a relevância e a indispensabilidade da defesa nacional e das suas Forças Armadas”.
Aludindo à reforma estrutural da defesa nacional e das Forças Armadas, designada “Defesa 2020”, o primeiro-ministro discursava em Fronteira, no distrito de Portalegre, durante as cerimónias dos 631 anos da Batalha dos Atoleiros.
Para o primeiro-ministro, a reforma “Defesas 2020” teve como objetivo principal concretizar um “modelo sustentável” para as Forças Armadas, sublinhando, no entanto, que foi um processo “complexo e exigente”.
Pedro Passos Coelho explicou que a reforma serviu “em primeiro lugar” para criar uma “reorganização e racionalização” do Ministério da Defesa Nacional e da estrutura superior das Forças Armadas.
“Em segundo lugar, na reconfiguração do sistema de forças, no ajustamento de competências e no realinhamento de mecanismos de articulação e coordenação”, disse.
Como terceiro ponto, o primeiro-ministro acrescentou que a reforma “Defesa 2020” serviu para criar a “racionalização” dos recursos disponíveis, na “otimização” dos meios e capacidades existentes, no “equilíbrio” dos rácios de despesa e no “redimensionamento” do efetivo de pessoal nas Forças Armadas, tendo sido desta forma estabelecido um “novo ciclo” de planeamento de defesa militar.
“Foi assim possível levar a cabo um extenso processo de alteração legislativa que, pela primeira vez em quarenta anos de democracia, reviu por completo e numa só legislatura, todo o setor da Defesa Nacional”, disse.
O primeiro-ministro sublinhou ainda que é da “mais elementar justiça” reconhecer publicamente que a Defesa Nacional e as Forças Armadas estão a dar um “contributo muito relevante” para as reformas estruturais do Estado.
A Batalha dos Atoleiros ocorreu a 06 de abril de 1384, no sítio pantanoso de Atoleiros, entre Fronteira e Sousel.
Na Batalha dos Atoleiros, onde se registou uma vitória de Portugal sobre Castela, Nuno Álvares Pereira venceu a cavalaria castelhana, apesar de se apresentar na contenda em menor número, utilizando pela primeira vez a tática do quadrado.
Da parte portuguesa não se registaram mortos, nem feridos, ao contrário dos invasores que sofreram pesadas baixas.