Reforço da AIMA em 30 centros de atendimento vai acelerar processos de imigração
6 de set. de 2024, 16:14
— Lusa/AO Online
Durante
uma visita ao Centro para as Migrações do Fundão, o responsável
sublinhou que as novas estruturas que entram em funcionamento “nos
próximos tempos” são a primeira fase de um processo que pretende criar
“uma rede capilar relativamente alargada”, com a disseminação dos
serviços pelo território.“Com certeza vai
haver uma aceleração de processos. São tramitados mil processos por dia,
em média, pela AIMA, serão tramitados um pouco mais até de mil
processos e, portanto, naturalmente, haverá um aumento. Mau seria se não
houvesse um aumento quantitativo e é isso que iremos fazer, sem
prejuízo de, depois, projetarmos novas otimizações”, disse Pedro Gaspar.Segundo o responsável, este é um “processo dinâmico”, pensado para ser aprofundado e ser sujeito aos ajustamentos necessários.Pedro
Gaspar garantiu que os imigrantes estão a ser contactados para se
legalizarem e frisou que “só assim se conseguiriam os mil agendamentos
diários”.O responsável disse que, nos
últimos três meses, quando foi apresentado o Plano de Ação para as
Migrações e que revogou, de forma imediata, o regime da manifestação de
interesse como forma de entrada em Portugal, foram atendidos mais de 90
mil imigrantes.“Eu acho que nos últimos
três meses se subiu acima da média e, portanto, isto significa que deve
ter dado para cima dos 90 mil, porque subiu um pouco acima disso, mas eu
não queria entrar em grandes pormenores ainda, porque eu queria ter
também uma visão mais consolidada do conjunto”, referiu Pedro Gaspar.O
presidente da AIMA adiantou que estão “quatro ou cinco procedimentos
concursais a decorrer” para aumentar os recursos humanos e que vão ser
“reforçados os mecanismos da mobilidade, que irão ser também
implementados”.De acordo com Pedro Gaspar,
“ter uma estrutura desconcentrada, permite naturalmente também uma
melhor captação de recursos pelo país”.O
responsável da AIMA enfatizou que, embora seja necessário dar resposta
aos procedimentos burocráticos, tem também de se resolver a “alma da
situação”, e por isso o organismo está focado na integração, que
considerou ser uma oportunidade para o país.“Há
aqui uma necessidade mais urgente para resolver a parte de recuperação
das pendências e da parte documental, mas que isso não substitua esta
visão integrada que temos de ter”, acrescentou Pedro Gaspar, que deu o
Fundão, no distrito de Castelo Branco, como um exemplo de integração.O
presidente da AIMA vincou que em Portugal “há um desequilíbrio em
termos de distribuição da população” e disse existir “uma oportunidade
para inverter a situação”.Questionado
sobre a eventual necessidade de os imigrantes terem de voltar a submeter
a documentação anteriormente enviada, Pedro Gaspar garantiu não ter
essa informação, “de todo”. “Estamos a regularizar o que existe”,
respondeu.No Fundão, Pedro Gaspar visitou a
Loja AIMA criada em articulação com o município, com quatro postos de
atendimento, e que deverá entrar em funcionamento em outubro.A
Estrutura de Missão da AIMA, anunciada em junho para agilizar os
processos de regularização pendentes, contempla um reforço de
funcionários e estará em funções até 02 de junho de 2025.Para
segunda-feira está prevista a abertura, em Telheiras, Lisboa, do
primeiro centro de atendimento para imigrantes, no Centro Hindu.