Refeições em lares não podem ser frente a frente nem ter objetos partilhados
Covid-19
13 de abr. de 2020, 13:30
— Lusa/AO Online
Numa nota com
recomendações para o serviço de alimentação nos lares, unidades de
cuidados continuados ou outras estruturas de resposta a idosos, a
Direção-Geral da Saúde (DGS) aconselha a renovar o ar das salas com
frequência e utilizar o espaço por turnos, para garantir distâncias de
segurança de um a dois metros entre os utentes, que nunca se devem
sentar frente a frente.A informação
recomenda ainda a desinfetar o refeitório/sala de refeições, incluindo
mesas e cadeiras, sempre antes e depois de cada refeição, incluindo
entre turnos, e a não permitir a colaboração dos idosos mais
independentes na organização da sala.Os
colaboradores responsáveis pelo serviço de distribuição de refeições,
além de lavar adequadamente as mãos, devem utilizar máscaras cirúrgicas,
evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos e assegurar o
fardamento (roupa e calçado) adequado, para uso exclusivo no trabalho,
bem como as habituais proteções para o cabelo.A
DGS diz ainda que o espaço de refeições não deve ter travessas na mesa,
devendo os funcionários de serviço garantir o empratamento, que os
guardanapos e utilizar devem ser de papel e de utilização única, assim
como as toalhas de mesa, se usadas.A
autoridade de saúde recomenda ainda que as unidades ofereçam uma solução
alcoólica aos utentes para higienizarem as mãos antes e depois das
refeições e recorda que os casos suspeitos e os confirmados “nunca
deverão deslocar-se aos espaços comuns, devendo fazer as refeições nos
quartos onde estão isolados”.O fardamento
de quem prepara as refeições deve ser de uso exclusivo para o trabalho e
a farda deve ser lavada na própria instituição, sendo que o programa de
lavagem da roupa deve integrar pré-lavagem, lavagem a quente a
temperatura de 70 a 90ºC, seguido de um ciclo de desinfeção química
também em máquina. "A farda não deve ser levada para o domicílio dos funcionários, para lavagem em casa", insiste a DGS.Os
panos para limpar superfícies também devem ser exclusivo para cada
tarefa, sendo necessária a sua lavagem e desinfeção após cada limpeza,
indica a DGS, sugerindo que sejam diferenciados por um código de cores,
para cada uma das áreas (ex: vermelho para as áreas de preparação,
amarelo para as áreas de confeção e verde para as áreas de
distribuição).Se as refeições forem
entregues no domicílio, deve ser assegurada a higienização do veículo de
transporte antes e depois de cada distribuição, a limpeza, várias vezes
ao dia, de todas as superfícies e objetos de utilização comum no carro
de transporte, como a caixa de velocidades ou os puxadores de porta do
carro.Além de assegurar um bom
acondicionamento das refeições/produtos alimentares, em
equipamentos/utensílios adequados a cada faixa de temperatura, os
funcionários que fazem a distribuição de refeições devem desinfetar com
frequência as mãos entre cada entrega e usar máscaras cirúrgica.Já
a louça deve ser lavada a temperaturas elevada, idealmente a 80-90ºC,
devem ser limpos e desinfetados regularmente as torneiras, os puxadores,
os interruptores, os manípulos de portas e outros equipamentos do
género.A DGS recomenda igualmente que os
utensílios de higienização (balde e esfregona) sejam "de uso exclusivo
na áreas de alimentação" e higienizados no final de cada utilização."Os
produtos a utilizar para a higienização devem ser produtos que não
contaminem os alimentos" aconselha a autoridade de saúde, lembrando que
não se deve borrifar com desinfetante em spray as áreas de preparação,
confeção e empratamento/distribuição dos alimentos.Devem
igualmente ser separados os alimentos crus dos alimentos cozinhados e
os equipamentos e utensílios, como facas ou tábuas de corte para
alimentos crus e alimentos cozinhados têm também de ser diferentes. Os
alimentos devem ser bem cozinhados, a temperatura acima dos 75 graus, e
sempre guardados em embalagens ou recipientes fechados, para que não
haja contacto entre alimentos crus e cozinhados.