Rede de Áreas Marinhas Protegidas dos Açores entregue no parlamento
14 de jun. de 2024, 17:09
— Lusa/AO Online
A proposta foi aprovada na
quarta-feira em Conselho de Governo, conforme divulgado pelo executivo
(PSD/CDS-PP/PPM) após a reunião.“Esta é
mais uma etapa importante para ter 30% do mar dos Açores protegido até
2030, num compromisso que reúne consenso nacional e internacional e onde
os Açores têm assumido uma posição de liderança na prossecução desta
meta”, refere o Governo dos Açores na nota hoje divulgada.A
proposta, acrescenta, “define prazos para a efetiva implementação e o
enquadramento para uma restruturação do setor da pesca e para uma melhor
monitorização e fiscalização”.Prevê ainda
“um princípio de gestão adaptativa, permitindo uma revisão cíclica de
acordo com o conhecimento científico mais atualizado”.Para
o executivo açoriano, a nova RAMPA “será um instrumento fundamental na
recuperação e conservação da biodiversidade marinha, a partir da qual se
poderá acentuar uma verdadeira economia azul sustentável”.No
comunicado do Conselho do Governo de quinta-feira, o executivo recorda
que a sua proposta surge “no âmbito da Estratégia Europeia para a
Biodiversidade 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das
Nações Unidas”.Os Açores “comprometeram-se
a proteger, até ao final de 2023, 30% do mar dos Açores, através de
Áreas Marinhas Protegidas (AMP), com pelo menos 15% totalmente
protegido”.De acordo com o Governo
Regional, através do Programa Blue Azores, “com base no melhor
conhecimento científico disponível, e em estreita ligação com os
utilizadores do mar, o programa organizou, desde dezembro de 2021, mais
de 40 reuniões de suporte a processos participativos, num processo de
cocriação da nova RAMPA”.O novo Parque
Marinho dos Açores irá contemplar Áreas Marinhas Protegidas oceânicas
entre as seis e as 200 milhas de costa que “permitirão salvaguardar 30%
do mar dos Açores, sendo metade dessa área totalmente interditada a
qualquer atividade extrativa”.