Recuperação da população de coelho-bravo em São Miguel permite alargar período de caça
29 de nov. de 2018, 12:18
— Lusa/AO Online
Numa
nota enviada às redações, a secretaria regional da Agricultura e
Florestas explica que “face à recuperação da população de coelho-bravo
em São Miguel será feita uma alteração ao calendário venatório 2018/2019
para esta ilha, alargando o período de caça ao coelho-bravo até ao
último domingo de janeiro, bem como o limite de capturas, que passa de
duas para três peças por dia e por caçador”.Os
últimos resultados da monitorização ao coelho-bravo em São Miguel, que
apontam para uma recuperação da população desta espécie, foram dados a
conhecer na reunião do Conselho Cinegético desta ilha, onde têm assento
representantes locais de organizações de caçadores, de agricultores, de
defesa do ambiente e de produtores florestais, que decorreu quarta-feira
em Ponta Delgada.“Perante
esta nova realidade foi decidido alargar o período de caça ao
coelho-bravo, uma medida consensual entre todos os conselheiros”,
adianta a nota do executivo regional.Segundo
a direção regional dos Recursos Florestais, "os efeitos do último surto
da Doença Hemorrágica Viral (DHV), ocorrido no início deste ano, em São
Miguel, manifestaram-se apenas na parte ocidental, onde a abundância de
coelho-bravo baixou consideravelmente, obrigando à interdição da caça"."Na
parte oriental da ilha, onde o surto não se verificou, surgiram
recentemente sinais de um aumento da abundância de coelho-bravo para
níveis que justificam uma retificação da pressão da caça sobre esta
espécie, de modo a evitar que esse aumento possa vir a afetar as
culturas agrícolas ou povoamentos florestais locais, lê-se na nota
divulgada pelo executivo açoriano.Ainda
assim, continua interdita a caça ao coelho-bravo na zona das Sete
Cidades, no concelho de Ponta Delgada, e de Água Retorta, no concelho da
Povoação.