Recorde mundial nos 50 metros mariposa era 'objetivo desde Roma'
5 de set. de 2022, 12:22
— Lusa/AO Online
“Em
Roma queria muito bater este recorde. No final dos 50 [metros] mariposa
no Europeu de Roma olhei para o tempo e vi que não tinha sido recorde e
só depois é que percebi que tinha sido terceiro e então fiquei feliz.
Por isso, chegado aqui, esse objetivo estava na minha cabeça”, disse
Diogo Ribeiro, citado numa nota divulgada pela Federação Portuguesa
de Natação.O nadador do Benfica, de 17
anos, sublinhou que “a opção de não competir na meia-final dos 100
[metros] livres foi difícil, mas teve de ser tomada”. “Competi
nas eliminatórias dos 100 livres para ter um estímulo. Penso que foi a
melhor decisão, já que o recorde foi batido e por uma margem boa.
Competi na final sem pensar muito nisso, entrei descontraído, nem
pensava na marca dos 22 segundos ou recorde pessoal”, acrescentou.Para
o nadador, a opção de competir no Europeu absoluto e Mundial de
juniores, “correu bem”, apesar de ser “um risco”, sendo que, salientou,
“o programa não facilitava” a sua participação, já que “algumas das
provas tinham 15 a 20 minutos entre as eliminatórias, meias-finais e
finais”.“Mas foi possível recuperar e
apresentar-me num bom nível, claro com a ajuda do fisioterapeuta Daniel
Moedas e com uma atitude muito focada tanto a nível competitivo como
entre as competições”, explicou.Diogo Ribeiro admitiu ainda que tem sentido mais pressão nestes Mundiais.“Em
Roma não senti a pressão. Era o mais novo e as pessoas não estavam à
espera de um resultado. Aqui em Lima sim. Mas penso que eu e o meu
treinador soubemos gerir bem esses factos. Viemos, mas cedo para
adatarmo-nos aos horários e clima de prova. Nos primeiros dias não me
senti bem, mas depois comecei a acreditar e a desligar de tudo”, notou.“Para
me poder focar tive de me desligar das redes sociais e do telemóvel,
penso que todos perceberam isso. Só tenho de agradecer o apoio
manifestado”, concluiu.Diogo Ribeiro
conquistou no sábado o título mundial de natação em juniores nos 50
metros mariposa, em Lima, com recorde do mundo do escalão, juntando esta
conquista às medalhas de ouro nos 50 livres e nos 100 mariposa.O
jovem venceu a prova em 22,96 segundos, melhorando em nove centésimos o
recorde do mundo júnior, que estava na posse do russo Andrei Minakov
(23,05), desde outubro de 2020, retirando também 11 centésimos ao
recorde nacional, que já lhe pertencia.Diogo
Ribeiro, treinado por Alberto Silva, já tinha conquistado, na capital
peruana, os títulos mundiais de juniores nos 50 livres e nos 100
mariposa.O nadador é detentor dos recordes
nacionais dos 100 metros livres (48,52 segundos) e 100 (51,61) e 50
(22,96) mariposa, distância em que conquistou a medalha de bronze nos
últimos Europeus absolutos, em Roma.