Reconfinamento nacional é ainda uma medida em minoria na Europa
Covid-19
29 de out. de 2020, 12:39
— Lusa/AO Online
Segundo o Presidente
francês, Emmanuel Macron, que falava num discurso transmitido pela
televisão, é necessária uma “travagem brutal nos contágios” para evitar o
colapso dos hospitais.O novo
confinamento, que vigorará pelo menos até 01 de dezembro, começará
sexta-feira, mas as escolas permanecerão, para já, abertas.As novas medidas em França preveem o encerramento de bares e restaurantes durante o período do novo confinamento.Na
Europa, apenas o País de Gales (Reino Unido) e a Irlanda voltaram a
confinar toda a sua população antes do anúncio desta quarta-feira do
Presidente francês, Emmanuel Macron.Para
tentar lidar com uma segunda vaga da doença covid-19 (provocada pelo
novo coronavírus SARS-Cov-2), os quase cinco milhões de irlandeses foram
os primeiros na Europa a entrar neste novo período de confinamento na
passada quinta-feira.A medida foi decretada para um período de seis semanas. Já
os cerca de três milhões de galeses entraram em confinamento no dia
seguinte (na sexta-feira passada) e terão de permanecer em casa o mais
tempo possível durante cerca de duas semanas, ou seja, até 09 de
novembro.No entanto, ao contrário do confinamento decretado na primavera passada, as escolas permanecem abertas.Numa
escala mais pequena, cerca de 150 mil habitantes de três municípios do
norte de Portugal (Lousada, Felgueiras e Paços de Ferreira) também
entraram na passada sexta-feira num “semi” confinamento. Na
Alemanha, as autoridades decretaram hoje o encerramento parcial, a
partir de segunda-feira e durante quatro semanas, de restaurantes,
bares, teatros, instalações desportivas, culturais e de lazer, mas sem
avançarem para um reconfinamento da população.Os cidadãos são convidados a evitar deslocações desnecessárias.As escolas vão permanecer abertas, assim como todas as lojas, mas com regras mais rígidas.Fora
da Europa, e nos últimos meses, novos períodos de confinamento já foram
decretados em países como Israel e Líbano, em cidades como Auckland
(Nova Zelândia) e Melbourne (Austrália), ou em grandes zonas nas
Filipinas.Se
o reconfinamento total da população é ainda uma opção minoritária na
Europa, as medidas de recolher obrigatório estão a aumentar.Antes
de voltar a confinar, a França impôs esta medida em 17 de outubro, das
21h00 às 6h00 da manhã, nas cidades do país mais afetadas pelo novo
coronavírus. Uma semana depois, a medida seria alargada a dois terços da
população francesa.Espanha, Bélgica,
Luxemburgo, Eslovénia, Eslováquia e República Checa também decretaram
recolheres noturnos nacionais, enquanto em Itália e na Grécia a medida
abrange só grandes cidades ou regiões específicas.Esta medida é frequentemente apresentada como um último recurso para evitar um novo confinamento total da população.É
geralmente acompanhada de outras medidas de restrição que são aplicadas
durante o período diurno, como, por exemplo, a obrigação de usar
máscara de proteção individual, o encerramento de bares e de locais
culturais e a imposição de limites para ajuntamentos de pessoas.