Recolha de assinaturas de futuro partido de Santana Lopes começou hoje
20 de ago. de 2018, 16:55
— Lusa/AO Online
Na
página http://alianca.com.pt, que ficou disponível na tarde de hoje,
surge um separador “recolha de assinaturas”, no qual se explica que,
para formalizar a constituição de um novo partido político, são
necessárias 7.500 assinaturas que devem ser apresentadas ao Tribunal
Constitucional, sendo disponibilizado um formulário.Através
da mesma página é ainda possível conhecer a Declaração de Princípios,
na qual se pode ler: “Antes de tudo, somos Portugueses, somos Europeus,
somos Cidadãos do mundo. Vimos para Construir”.“A Aliança assenta a sua matriz em três eixos fundamentais: Personalismo, Liberalismo e Solidariedade”, lê-se na declaração.No
sábado, em declarações ao semanário Expresso, o antigo militante do PSD
que concorreu este ano à liderança dos sociais-democratas, em eleições
que perdeu com 46% dos votos para Rui Rio, disse que a Aliança quer
"garantir representação política" para poder "participar no processo de
decisão, seja no Governo seja na oposição".O
futuro partido assume-se como defensor do “liberalismo, que promove a
liberdade económica e a iniciativa privada como motores principais de
crescimento”.“Defendemos
um país mais competitivo e mais produtivo, estimulado por políticas
fiscais atrativas e pela inovação. Um país a crescer a 3% e acima da
média europeia”, é referido.A
Aliança defende “Orçamentos de Estado equilibrados”, considerando
“vital o controle da despesa pública”, mas também “a criação de mais
riqueza e mais receita, para garantir saldos orçamentais positivos e ir
amortizando a dívida”.Na
declaração, o futuro partido de Santana Lopes assume-se como “europeu e
europeísta”, mas recusa “dogmas sobre a construção europeia”,
defendendo que a “União Europeia precisa de ser reformada e Portugal
precisa de reforçar a sua atitude face à União”.“Temos
de exigir à União Europeia que apoie metas quantificadas de
desenvolvimento e não metas castradoras desse progresso. Precisamos de
verdadeiros programas de desenvolvimento global e não só de fundos
estruturais setoriais”, observa.Focada
num “imperativo absoluto da coesão territorial”, a Aliança enumera
vários exemplos de infraestruturas que precisam de melhor aproveitamento
e investimento como a rede rodoviária, os portos, estruturas
aeroportuárias ou os transportes públicos.“Queremos
um Estado responsável, regulador e dinamizador em áreas vitais para o
nosso país, que transcendem a esfera do privado. A saúde, a investigação
e a coesão territorial deverão ser prioridades absolutas de
intervenção. Simultaneamente, defendemos reformulação das funções do
Estado e a diminuição do seu peso em setores não ligados às áreas
estratégicas”, anuncia.