Reclamações junto da Anacom sobem 17% para 37 mil no 1.º semestre, Meo lidera
18 de out. de 2017, 14:01
— Lusa/AO Online
Em comunicado, a Anacom
refere que, do total de reclamações, a maior parte (30,5 mil)
correspondem a comunicações eletrónicas, o que representa mais 13,5% do
que no mesmo semestre do ano anterior.Nos primeiros seis meses do
ano, "a Meo foi o operador mais reclamado, sendo responsável por 38,5%
das reclamações recebidas pela Anacom", adianta o regulador,
acrescentando que a NOS segue em segundo lugar, "com 36,2%", enquanto a
Vodafone Portugal reúne quase um quinto das mesmas (19,6%).Já a NOWO registou 4,2% das reclamações."Em
todos os casos, a 'venda do serviço' e o 'cancelamento do serviço'
estão entre os assuntos mais reclamados, representando 14,8% e 13,8% das
reclamações, respetivamente", refere a Anacom.A 'alteração das
condições contratuais pelo operador', que representa 7,3% das
reclamações, foi outro dos assuntos cujas reclamações mais subiram
(+58,5%).O regulador adianta que os serviços em pacote foram a
oferta mais reclamada entre janeiro e junho, representando 28,4% das
reclamações, seguido do serviço telefónico móvel, com 24,9%."Além
de registarem o maior volume de reclamações, os pacotes de serviços
apresentavam também a maior taxa de reclamações (2,4 reclamações por mil
clientes), e a única que se encontrava acima da média - 2,1 reclamações
por mil clientes", refere.A NOWO (antiga ONI) e a NOS (operadora
que resultou da fusão da Optimus com a Zon) "registaram taxas de
reclamações superiores à méia no período em análise, 6,1 e três
reclamações por mil clientes, respetivamente; seguindo-se a Meo, com 1,9
reclamações; e a Vodafone, com 1,4 reclamações por mil clientes".Entre
os restantes operadores de maior dimensão, "a NOS foi o único prestador
que viu a sua taxa de reclamações diminuir face ao semestre homólogo".No
semestre, "registaram-se 5.435 reclamações sobre serviços postais,
14,6% do total de reclamações recebido pela Anacom, mais 26,5% face ao
período homólogo".O regulador adianta que os CTT são o prestador
dos serviços postais mais reclamado, com 92% das reclamações, seguidos
dos CTT Expresso, com 4,5%."Cerca de 45% das reclamações
registadas no primeiro semestre estão associadas a problemas na
distribuição de envios postais. Os assuntos mais reclamados foram o
'atendimento' (22,6%), o 'extravio/atraso significativo' (14,6%) e a
'falta de tentativa de entrega ao destinatário' (12%)", aponta.As
reclamações sobre os serviços da sociedade da informação [subscrição de
serviços ou conteúdos digitais pela Internet], apesar de representarem
apenas 3% do total, têm registado um aumento muito expressivo, subindo
de 386 em 2016 para 1.129 reclamações no primeiro semestre deste ano.