Receita fiscal com alojamento local quase duplicou em cerca de dois anos
9 de nov. de 2017, 17:31
— Lusa/AO online
“Este
aumento resultou de uma entrada na economia formal de um conjunto de
unidades que não estavam registadas e, como tal, fora do mercado”, disse
à agência Lusa a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, à
margem da conferência “Um alerta para a fraude online na indústria do
turismo”, que decorre em Faro.De
acordo com a governante, as campanhas de integração destes alojamentos
na economia formal “têm tido resultados muito positivos, nomeadamente
“através de uma nova regra que obriga ao registo das plataformas de
reservas online”.“É
uma regra que obriga a que o número de registo esteja visível nas
plataformas, originando de imediato uma entrada de unidades de
alojamento, passando dos 28 mil registos em 2015 para mais de 50 mil
atualmente”, sublinhou a secretária de Estado do Turismo.Segundo
a governante, a obrigatoriedade do registo do alojamento local,
resultou numa quase duplicação da receita fiscal, passando dos cerca de
69 milhões de euros em 2015 para os 123 milhões este ano, “o que faz com
que estes alojamentos estejam a contribuir, como todos, para a economia
formal.”Na
opinião de Ana Mendes Godinho, a legalização dos alojamentos, que
funcionavam “muitos deles, na clandestinidade”, é também uma forma de
promover ofertas regulares e combater a fraude com o aluguer de
equipamentos na internet.“O
que neste momento Portugal está a dizer é que tudo aquilo que está
registado é alojamento fidedigno. É um passo importante para a
segurança, porque dá uma garantia dos alojamentos que existem e é uma
forma de dizer que, também aí, somos um destino seguro”, concluiu a
governante.Ana
Mendes Godinho participou na conferência “Um alerta para a fraude
online na indústria do turismo” promovida pela Safe Communities
Portugal, uma associação que integra na sua maioria cidadãos britânicos e
que tem como missão ajudar e informar sobre a forma de viver em
Portugal.