Reabertura da economia na Madeira "incompatível" com relaxamento das medidas
Covid-19
22 de set. de 2020, 15:40
— Lusa/AO Online
“Esta
reabertura gradual da economia tem que ser compatível com um atitude de
responsabilidade cívica dos cidadãos, de compromisso perante o
interesse coletivo que é a preservação da saúde de todos”, frisou Miguel
Albuquerque na inauguração das obras de ampliação e requalificação do
centro de saúde da Nazaré, na freguesia de São Martinho, no Funchal.O
governante madeirense relembrou que a crise pandémica “está a afetar
todo o mundo” e que os últimos dados registados nos diversos países
evidenciam estar a ocorrer uma “segunda vaga”.Por
isso, vincou que este cenário “não é compatível com uma atitude de
relaxamento” e que as medidas profiláticas que têm de continuar a ser
praticadas, nomeadamente, “higiene, distanciamento social, de contenção
nos ajuntamento e no uso da máscara, sobretudo em lugares fechados” são
fundamentais “para continuar a garantir na Madeira a salvaguarda da
saúde pública”.O chefe do executivo
madeirense destacou que a região “está a ter uma atitude de grande
precaução”, referindo que já foram realizados mais de 125 mil testes
(100 mil no laboratório do Serviço de Saúde da Madeira e 25 mil em
unidades no continente).“E este
condicionamento tem que se manter, temos de ter cuidado no conjunto de
atitude profiláticas e preventivas”, sustentou, reforçando que “a
prioridade é a salvaguarda da saúde dos madeirenses e porto-santenses em
todas as circunstâncias”. Miguel
Albuquerque assegurou que o governo madeirense “vai continuar a
trabalhar, porque agora houve a reabertura das escolas”, considerando
ser “um risco” que vai continuar a existir na região, porque representa
um universo composto por 6.000 professores e 43 mil alunos.Recordando
que têm surgido focos de infeção em escolas no território continental e
nos Açores, enfatizou ser necessário “ter todo o cuidados no sentido de
garantir que as infraestruturas de ensino da Madeira continuem a
funcionar em termos presenciais”.O
presidente do Governo da Madeira realçou também que tem existido uma
aposta no aumento da “capacidade de resposta para ir alargando os
cuidados primários saúde na região e, ao mesmo tempo, investir nas
medidas profiláticas e necessárias para a região ter capacidade de
resposta face a esta pandemia”.“Isto não
acabou. Vamos a meio de uma corrida de fundo e temos de manter uma
atitude corajosa, determinada e de responsabilidade face aquilo que
estamos a enfrentar”, opinou.O centro de
saúde da Nazaré, que tem o nome do Dr. Rui Adriano, existe há 20 anos e
serve o maior bairro social da região e a freguesia de São Martinho, no
Funchal, e foi alvo de obras de ampliação e requalificação no valor de
1,8 ME. As antigas instalações ocupavam
1.340 metros quadrados e foram ampliadas em 852 metros quadrados, tendo
as obras decorrido de forma faseada, durante 14 meses.Este
centro tinha, em 31 de agosto deste ano, um total de 32.192 utentes
inscritos, o que corresponde a 121,56% dos residentes na área da
freguesia, um facto que foi destacado na cerimónia pela presidente do
conselho de administração do Serviço Regional de Saúde (SESARAM),
Rafaela Fernandes, a qual assegurou que “o objetivo é melhorar a
capacidade de resposta à população”.