Rangel respeita autonomia regional e diz que Açores tratarão “como entenderem”
18 de nov. de 2021, 10:55
— Lusa/AO Online
“É
uma questão de autonomia regional, eu acho que não devemos interferir
nisso especialmente porque estamos num processo que é um processo muito
delicado que já conhecemos em Portugal, que é o processo de aprovação do
orçamento”, afirmou, em entrevista à CMTV.Nesta
entrevista, o candidato à presidência do PSD foi questionado sobre o
anúncio feito pela direção nacional do Chega de que pediu ao Chega
Açores para retirar o apoio ao Governo regional (de coligação
PSD/CDS-PP/PPM), acabando com o acordo de incidência parlamentar, em
resposta à rejeição pelo presidente do PSD de acordos pós-eleitorais a
nível nacional com o partido.Paulo Rangel
disse respeitar “a autonomia regional” e defendeu que “é uma questão dos
Açores, que os Açores tratarão como entenderem”.O
eurodeputado social-democrata salientou também que o PSD não pode “ter
acordos com o Chega” e referiu que “o PSD regional até nem tem tido o
apoio do Chega”, dado que um dos deputados eleitos “saiu do Chega” e o
“outro não vai querer apoiá-lo”.Na
entrevista, o candidato às eleições diretas do PSD falou também sobre
questões internas do partido e as eleições legislativas antecipadas de
30 de janeiro.Paulo Rangel mostrou-se
“muito tranquilo e muito sereno” quanto à elaboração das listas de
deputados e disse que, se for eleito líder, terá “legitimidade política e
democrática para conduzir o processo das legislativas”, o que fará “com
respeito pelos órgãos partidários mas com bom senso”.E defendeu que o líder eleito “terá de ter um papel muito relevante na feitura das listas”.Apontando
que “há 23 dias” para tratar das listas de deputados, que têm de ser
entregues a 20 de dezembro, Rangel considerou que “não há razão para
nenhuma angústia nem para nenhuma pressa”, indicando que parece que
“alguém está preocupado em reservar o seu lugar”.O
candidato à liderança do PSD considerou também que o voto no PS “vai
ser um voto inútil” e disse que, se for eleito líder, vai “pedir uma
maioria absoluta ou uma maioria estável” e admitiu construir “uma
solução de governo estável” com o CDS e a Iniciativa Liberal.Questionado
se deixa a liderança do partido caso perca as eleições legislativas,
Paulo Rangel recusou olhar para as legislativas “como um tabuleiro de
xadrez” ou comentar cenários.São
candidatos a presidente do PSD o atual líder Rui Rio e o eurodeputado
Paulo Rangel, tendo também anunciado a intenção de apresentar uma
candidatura o ex-candidato autárquico do partido a Alenquer, Nuno Miguel
Henriques.A Assembleia Legislativa Regional dos Açores começa na segunda-feira o debate sobre o Plano e Orçamento do Governo para 2022.