Quota de pesca do bacalhau no mar de Barents pode diminuir em 2018
24 de set. de 2017, 11:24
— Lusa / AO online
Num
seminário sobre bacalhau salgado dirigido a empresas ibéricas e
norueguesas, que decorreu em Tromso, Noruega, Gunnar Saetra, do IRM,
explicou que por ano a quota é de 800 mil toneladas, mas para gerir
'stocks' e a diminuição de alimento para o bacalhau a recomendação para
2018 é diminuir a quantidade pescada em 20%. Para os próximos
anos, a mesma fonte prevê uma estabilização das quotas em torno das 600
mil toneladas, segundo as análises dos cientistas russos e noruegueses,
naturais dos países que repartem a quota de pesca do bacalhau no mar de
Barents. A oficialização das quotas será efetuada posteriormente. O
IRM avalia a sustentabilidade da pesca, através de análises várias, as
quais também já possibilitaram detetar a migração do bacalhau cada vez
mais para Norte, face ao aquecimento da água devido às alterações
climáticas. Pela direção de pescas da Noruega, Anastasia
Henriksen, informou que o setor do bacalhau contabiliza quase seis mil
embarcações, mais de 9.411 pescadores, 425 fabricas e cerca de 29.800
empregados na indústria norueguesa. Na evolução dos dados, a
responsável notou haver cada vez menos pescadores, mas mais apanha de
pesca, pelo que "cada pescador ganha mais dinheiro". A
responsável precisou ainda que este ano 11 embarcações de Portugal têm
licenças para pescar bacalhau, haddock e seith, no fundo, na zona
económica norueguesa, mas só há registo de dois barcos a pescar nesta
área ou na zona de Svalbarg até à data. Da 'lista negra' da
Noruega, desde novembro de 1998, por não terem cumprido a quota em águas
internacionais, à luz da lei norueguesa, fazem parte 169 embarcações,
nenhuma de Portugal.